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Cabo Verde deseja intensificar e aprofundar as relações bilaterais com os EUA

O principal propósito dessa visita a Cabo Verde é o de abordar com as autoridades a crise global de (in)segurança alimentar, conjugada com a drástica alta de preços de combustíveis, derivada da guerra na Ucrânia e, ainda, o impacto muito severo da pandemia COVID-19 e das alterações climáticas, no nosso país e recolher as informações que possam ajudar os EUA a melhor colaborar na mitigação das crises mencionadas.

Afirmação é do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Dr. Rui Figueiredo Soares, numa conferência de Imprensa conjunta com Linda Thomas-Greenfield após o encontro da Diplomata Norte-americana com o Primeiro-Ministro, José Ulisses Correia e Silva.
O principal propósito dessa visita a Cabo Verde é o de abordar com as autoridades a crise global de (in)segurança alimentar, conjugada com a drástica alta de preços de combustíveis, derivada da guerra na Ucrânia e, ainda, o impacto muito severo da pandemia COVID-19 e das alterações climáticas, no nosso país e recolher as informações que possam ajudar os EUA a melhor colaborar na mitigação das crises mencionadas.
O encontro com o Primeiro-Ministro, de acordo com o Chefe da Diplomacia Cabo-verdiana, apresentou uma boa oportunidade para (re)afirmar que Cabo Verde deseja intensificar e aprofundar as relações bilaterais com os EUA.
Nessa reunião, continuou Rui Figueiredo Soares, foi abordada, ainda, a questão relacionada com a II Cimeira EUA-África que vai ter lugar em dezembro deste ano, e que contará com a presença do Senhor PM, e igualmente foi tema de conversa a problemática das mudanças climáticas e dos mares e Oceanos.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde precisou também que Cabo Verde quer assumir um papel de liderança a nível dos SIDS e congratula-se em poder apresentar experiências bem-sucedidas com o Campus do Mar, merecendo destaque o IMAR e o Centro Oceanográfico do Mindelo, bem como as diferentes parcerias já em curso (WASCAL, através do Programa de Mestrado em Alterações Climáticas e Ciências Marinhas da UTA…). No entanto, notou o governante Cabo-verdiano, para melhor desenvolver as suas competências e potencialidades, Cabo Verde precisa do apoio e da disponibilidade dos seus principais parceiros, e quer contar com os EUA, para atingir maior capacitação técnica especializada em aceder aos fundos de financiamento e investimento para a proteção, preservação e materialização da transição efetiva e empenhada para a “Economia Azul” a nível global, e dos SIDS, em particular.
Por seu lado, a Embaixadora Permanente dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield garantiu que ninguém e nenhum país está imune ao impacto “devastador” da guerra na Ucrânia.
Conforme avançou a Diplomata, os países insulares, como é o caso de Cabo Verde, sofrem muito mais com os impactos da guerra no Leste Europeu. Contudo, garantiu que o seu país está a trabalhar num plano para assistir países em dificuldades como Cabo Verde.
Thomas-Greenfield elogiou, por outro lado, Cabo Verde enfatizado que os Estados Unidos sentem-se verdadeiramente honrados nesta parceria com o nosso Arquipélago, “um país que serve de modelo regional de respeito aos processos democráticos, justiça e direitos humanos. Cabo Verde é realmente um exemplo e modelo para todo este continente, não apenas para esta região”.