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Governo promove workshop para capacitar participantes com novos instrumentos e mecanismos de Financiamento para o Desenvolvimento (FFD)

No ato de abertura do certame, o Secretário de Estado para as Finanças, Gilberto Barros, referiu que, não obstante, Cabo Verde encontrar-se “numa boa fase de crescimento económico, tendo registado, no último trimestre, uma clara aceleração do seu processo de crescimento, passando para 6.2%”, mas a ambição do Governo continua ser “os 7% de crescimento”. Portanto, “temos de continuar a trabalhar afincadamente para lá chegar e conseguir esse nível de crescimento, durante um período de 10 anos, e desta forma tirar, de facto, as pessoas da pobreza, e desta fita duplicar PIB do país”.

Cabo Verde, como um Pequeno Estado Insular, registrou um dos mais impressionantes desempenhos socioeconómicos em África, contudo persistem desafios, um mercado fragmentado que carece de diversidade, escassez de terras aráveis, água e outros recursos naturais e a sua vulnerabilidade às mudanças climáticas, riscos naturais e choques económicos.

Para que a economia cresça de maneira consistente e sustentável, os setores púbico e privado devem ter à sua disposição vários instrumentos e mecanismos de financiamento para promover o investimento. Nesse sentido, o financiamento para a economia deve concentrar-se em produtos financeiros alternativos e inovadores que os mercados apresentam e, acima de tudo, novas fontes de financiamento sustentáveis para o desenvolvimento.

Neste âmbito, o Governo de Cabo Verde, através do Ministério das Finanças, em parceria com a Bolsa de Valores de Cabo Verde e o PNUD, promove um workshop sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FFD).

No ato de abertura do certame, o Secretário de Estado para as Finanças, Gilberto Barros, referiu que, não obstante, Cabo Verde encontrar-se “numa boa fase de crescimento económico, tendo registado, no último trimestre, uma clara aceleração do seu processo de crescimento, passando para 6.2%”, mas a ambição do Governo continua ser “os 7% de crescimento”. Portanto, “temos de continuar a trabalhar afincadamente para lá chegar e conseguir esse nível de crescimento, durante um período de 10 anos, e desta forma tirar, de facto, as pessoas da pobreza, e desta fita duplicar PIB do país”.

Para chegar neste nível de crescimento, Gilberto Barros disse que o país conta com duas alavancas, uma do financiamento público e outra do setor privado. “O nosso foco e a estratégia do atual Governo está centrada na alavanca do setor privado, devidamente refletido no PEDS”.

Para efeito, aponta o Secretário do Estado das Fianças que, torna-se de facto importantíssimo que o país continue nessa estratégia de mobilização do setor privado de forma como tem sido feito, pragmática, como exemplo a privatização da TACV, com os resultados que já se alcançaram. Há uma melhoria significativa do ecossistema sustentado no financiamento privado, na base da sustentabilidade do plano de negócio de uma empresa. Da mesma forma, a reforma do transporte marítimo intreilhas de passageiros e cargas, através da concessão do serviço público, é outro grande indicador”

Gilberto Barros defende ainda que, além de abraçar setor privado, é importante também ter-se em conta os novos mecanismos de financiamento para o desenvolvimento, temática do workshop de hoje. “Dada situação macroeconómica de Cabo Verde, é urgente reforçar a capacidade do país de mobilizar recursos para além do menu tradicional do mecanismo de financiamento e dos parceiros existentes.  Para o efeito, é importante reforçar as capacidades do país para compreender, identificar, aproveitar e alavancar novos modelos de financiamento e construir novas parcerias potencialmente disponíveis para Cabo Verde”.

De referir que, com este workshop a organização espera capacitar os participantes sobre novos instrumentos e mecanismos, ferramentas e abordagens de financiamento inovador, tais como: Financiamentos ecológico e azul, crowdfunding, financiamento combinado, investimento de impacto, obrigações ecológicas/azuis, dívida por natureza, obrigações de impacto social e de desenvolvimento, permutas, obrigações da diáspora, envolvimento de  parceiros diferentes e não tradicionais, como os setores privados, fundações, diáspora, fundos de investimento.

O ato de enceramento do evento está agendado para esta tarde, e estará a cargo do Presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Manuel Lima.