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PM conta com CNL na criação de consensos para oficialização do Crioulo

O Primeiro-ministro, José Maria Neves, recebeu nesta manhã de quarta-feira, alguns elementos da recém-empossada Comissão Nacional para as Línguas (CNL) e logo após o encontro, a porta-voz e Presidente da Comissão, Adelaide Monteiro avançou à imprensa, tratar-se de um encontro para manifestar toda a disponibilidade da CNL em trabalhar com o Governo no desenvolvimento das políticas linguistas, sendo esse um órgão consultor do Governo nesta matéria. Da parte do PM, diz Monteiro, a CNL pode contar com todo o apoio para realizar a sua tarefa. A grande prioridade, não é segredo, é a oficialização do Crioulo.

Ao todo 24 personalidades académicas das Ilhas, incluindo a Diáspora, das mais diversas áreas, entre linguistas, artistas, filósofos, sociólogos, professores, etc., compõem essa Comissão empossada ontem pelo Ministério da Cultura.

A sua missão é funcionar como órgão consultor e dinamizador das políticas do Governo em matéria de política linguística nacional e internacional, e o grande desafio, claramente, tem a ver com a oficialização da nossa condição Bilingue, com a elevação do crioulo ao estatuto, em comunhão com o Português, de língua oficial, sendo afinal a língua materna do povo das Ilhas.

E atendendo às afirmações da porta-voz do grupo e Presidente do Grupo, Adelaide Monteiro, ela que é linguista, à comunicação social, a CNL assume na plenitude o desafio lançado pelo Governo, afirmando que os seus membros querem, “o quanto antes”, apresentar alguns traços de definição de política linguística do crioulo.

Assim, conseguir os consensos para a oficialização da língua cabo-verdiana é o grande desafio do momento, entendo a porta-voz de tal Comissão, que é preciso ver qual a melhor estratégia para essa oficialização. O grande debate sobre essa matéria tem a ver mais com a forma, as estratégias e formas de como se deve processar essa oficialização do que propriamente se deve acontecer ou não.

“Sugiro pegar na questão da oficialização do crioulo e tentar analisar onde é que não está claro para, enquanto comissão, esclarecer esta questão porque não há pessoas contra a oficialização do crioulo, mas sim, contra estratégias desta oficialização”, disse defendendo a criação de consenso à volta da questão e sobre a melhor estratégia de oficializar o crioulo, dizia ontem Monteiro.

Sobre o encontro com o Chefe do Executivo, a porta-voz da CNL disse ainda ter ficado claro o total compromisso da parte dele e do seu Governo para apoiar a Comissão no seu trabalho.