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Primeiro-ministro defende um desenvolvimento sustentável com base na criação de oportunidades

Para isso, Ulisses Correia e Silva exorta que atingir os ODS é um compromisso geracional que deve mobilizar os cabo-verdianos, no país e na diáspora, as empresas, as ONG’s, os parceiros. “É preciso construir disponibilidade coletiva para o desenvolvimento sustentável e ter a noção clara de que o ciclo de desenvolvimento é muito mais longo e exigente do que os ciclos políticos, por isso os olhos devem estar colocados no país e no futuro que quisermos construir”.

Ao abrir hoje o debate mensal sobre o “Desenvolvimento Sustentável”, o primeiro-ministro reforçou que o objetivo do Governo é atingir o desenvolvimento sustentável com base na criação de oportunidades para a ascensão social e económica das famílias; com oportunidades de qualificação, empreendedorismo e emprego para os jovens; além de reduzir as assimetrias regionais, garantindo a convergência de todos os Municípios para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Tanto o é, segundo apontou, é propósito da Agenda 2030, atingir o desenvolvimento sustentável num contexto de estabilidade, segurança e paz social; bom ambiente de negócios e bom sistema de justiça.    

Para isso, Ulisses Correia e Silva exorta que atingir os ODS é um compromisso geracional que deve mobilizar os cabo-verdianos, no país e na diáspora, as empresas, as ONG’s, os parceiros. “É preciso construir disponibilidade coletiva para o desenvolvimento sustentável e ter a noção clara de que o ciclo de desenvolvimento é muito mais longo e exigente do que os ciclos políticos, por isso os olhos devem estar colocados no país e no futuro que quisermos construir”.

E o futuro, conforme o primeiro-ministro, passa por construir uma agenda 2030 assente em transformações estruturais orientadas para compromissos geracionais ao nível do ambiente, da ação climática e da economia. “Trata-se de uma abordagem de políticas com efeitos de longo prazo capazes de tornar Cabo Verde, no horizonte 2030, num país mais resiliente, com a transição energética que reduza a dependência de combustíveis fósseis; a estratégia da água para a agricultura que diversifique as fontes de irrigação para a agricultura, com boa governança climática para mitigar os efeitos do aumento da frequência e da gravidade dos riscos de cheias, inundações e secas severas e com o reforço dos instrumentos financeiros de resiliência para atuação em casos de choques externos  e de emergência. De acordo com o Chefe do Governo, o país deverá ter uma economia mais eficiente, mais diversificada e com maior potencial de crescimento, com destaque para o desenvolvimento do capital humano, a   transformação digital para tornar o Estado, as empresas e as organizações mais eficientes, o  turismo sustentável, mais desconcentrado, com ofertas mais diversificadas, o  desenvolvimento da economia azul de forma sustentável e, por fim, capaz de potenciar a estabilidade e localização do país para posicionar Cabo Verde como um hub turístico, aéreo, marítimo e tecnológico entre o Continente Africano, a Europa, os EUA e o Brasil e integrar Cabo Verde em cadeias de valor regionais e globais.

Mesmo assim, Ulisses Correia e Silva lembra os “momentos difíceis”  que o país vive com a  crise econômica e social derivado da pandemia e que afeta gravemente as Finanças Públicas, as empresas e as famílias; a crise energética mundial que aumenta os preços dos combustíveis e da eletricidade no país; a situação da seca que ainda se prolonga no país, que afeta a produção agrícola, a pecuária, o emprego, o rendimento e a segurança alimentar e; a elevada dívida pública agravada com a pandemia e que afeta a capacidade de financiamento do Estado.    

“É neste contexto difícil que o esforço de reajustamento das finanças públicas e o relançamento da economia se realiza”, reiterou o primeiro-ministro.

“Depois de três anos consecutivos de seca severa, o país foi colocado à prova com a pandemia da COVID 19. Mitigamos os efeitos da seca, protegemos o emprego, as empresas e as famílias face à grave crise económica provocada pela pandemia.  Estamos a conseguir os mais elevados níveis de vacinação no mundo. Progressivamente, as medidas para a recuperação, estabilização e aceleração do crescimento económico vão produzindo os efeitos”, disse, para quem, o país comportou como uma nação resiliente habituada a lutar e a superar adversidades.