
O Ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial e Ministro da Modernização do Estado e da Administração Pública reconheceu, este sábado, 5 de julho, nos Açores, em Portugal, onde representou o Governo de Cabo Verde nas celebrações dos 50 anos da independência nacional, o importante papel dos nossos combatentes, “homens e mulheres de coragem que, numa dada ocasião, resolveram iniciar esta gesta libertadora”.
“E de entre eles, é sempre justa a homenagem que se faz a Amílcar Cabral, como pensador, como líder político, líder diplomático e até como líder militar, e que soube agregar os Cabo-verdianos e Guineenses nesta jornada para a libertação de Cabo Verde”, afirmou, Eurico Monteiro, acreditando que hoje todos estariam “muito orgulhosos” do caminho que foi percorrido desde aquela ocasião.
O Governante classificou ainda o movimento da libertação nacional como um ato de “afirmação de uma identidade cultural”, reconhecendo o importante papel da Diáspora para a reafirmação dessa identidade. “Somos únicos! Podemos até ser o resultado de cruzamentos de diversos órgãos sociais, culturais e até geográficos, mas desse cruzamento nasceu uma síntese e não propriamente uma mistura”, afirmou o Ministro.
Um país que se destaca pela estabilidade, sem nunca ter conhecido umas eleições antecipadas, para os Governos, para os Parlamentos, nem tampouco para as Autarquias. “Todos os órgãos cumpriram religiosamente os seus mandatos até o fim”, atestou Eurico Monteiro, que seguiu elencando as conquistas de Cabo Verde, ao longo destes 50 anos de país independente, nomeadamente, a nível da saúde – com a redução considerável da taxa de mortalidade e aumento da esperança média de vida, e da educação – com o retrocesso do analfabetismo, que na ocasião da independência atingia mais de 70% da população Cabo-verdiana. “Apesar das dificuldades, somos hoje muito melhores do que fomos no passado, em termos de condições de vida, e em matéria da construção da democracia e da liberdade”, afirmou.
Ainda na ocasião, onde foi lançado o Selo dos 50 anos da Independência, o Ministro reconheceu o “papel central” de Portugal, que “esteve conosco, deste o primeiro dia da nossa independência”. “E hoje continua a estar, de igual forma e até mais significativamente, como deu conta a última cimeira dos dois Governos, em que instrumentos inovadores foram assinados, através de vários protocolos de cooperação e de linhas de crédito ambiciosas”, indicou Eurico Monteiro, para quem o que somos hoje, em boa parte, se deve também a Portugal e a outros importantes parceiros de desenvolvimento.
“Não obstante, reconhecer que ainda temos desafios pela frente, estamos orgulhosos daquilo temos feito ao longo dessa história”, finalizou o Ministro, agradecendo a celebração, promovida pelo Governo Regional dos Açores – um gesto de amizade, de proximidade e, sobretudo, de reconhecimento da nossa cumplicidade ao longo de séculos de história – e rendendo uma homenagem à comunidade Cabo-verdiana espalhada pelo mundo, e, em particular, a que se encontra em Portugal, cuja contribuição dada para a construção da nação tem sido decisiva.



