O Ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial afirmou esta sexta-feira, 08 de agosto, no Mindelo, durante a abertura da V edição da Feira das Oportunidades que acontece sob o lema “Venha com coragem e persiga os seus sonhos” que, não obstante ainda existirem desafios a vencer, é justo reconhecer o ambiente de negócios dinâmico que está sendo criado no país.
“Nós que saímos recentemente de uma crise da Covid, quando olhamos hoje o nível de ativismo que existe na economia e as várias iniciativas empresariais dos jovens, temos que reconhecer que está sendo criado um ambiente de negócios em Cabo Verde propício ao investimento, ao rendimento, ao empreendedorismo e à qualificação das pessoas”, afirmou Eurico Monteiro, sublinhando que “ainda bem que o Governo fez essa aposta” porque, hoje, “nós queremos que o setor privado seja o patrão da economia”.
O governante reconheceu, neste sentido, a importância de iniciativas como a feira de oportunidades na promoção do empreendedorismo, sobretudo no que concerne às dificuldades e aos constrangimentos que os micro e pequenos empreendedores enfrentam no dia-a-dia, o que constitui uma preocupação fundamental do Governo.
“Eu costumo sempre repetir que cabe ao Governo criar as condições para que haja negócio, rentabilidade, emprego e qualidade de vida, mas que uma coisa que nem o Governo, nem as autoridades conseguem dar é a vontade, a resiliência e este ativismo para alcançar outros patamares e ter sucesso porque isto cabe fundamentalmente às pessoas e isto parece nato ao Cabo-verdiano, que não se deixa cair na tentação de desistir”, afirmou.
Igualmente importante, sublinhou o Ministro, é a formalização da economia, quando se fala de emprego digno, uma preocupação do Governo, alinhada com os objetivos da Organização Internacional do Trabalho. “Nós temos um programa de formalização das pequenas unidades que tem tido resultado. Basta dizer que, em 2024, contávamos qualquer coisa como 24.056 empresas ativas formalizadas e, de entre elas, tínhamos 15.600 micro e pequenas empresas, que empregavam 29.148 trabalhadores, segurados neste sistema, num total de 124.601”, indicou Eurico Monteiro, para quem “não poderá haver emprego digno em Cabo Verde com empresas que não estejam formalizadas, que não tenham contratos de trabalho escritos, com os direitos garantido e que não tenham nenhuma relação com as autoridades tributárias.
Além disso, prosseguiu, o Governo tem investido fortemente na formação profissional. A título de exemplo, “de 2016 à esta parte, o sistema formou cerca de 54 mil profissionais”, disse o Ministro, que acrescentou, “forma-se mais de 4 mil profissionais por ano”.
“Há dias foi lançado um programa com 300 jovens, em 16 áreas de formação profissional, só na primeira fase. Há formação profissional completamente gratuita para todos os níveis do cadastro social e para todo Cabo Verde. Muitas vezes até com subsídios de residência e de transporte”, vincou o Ministro, indicando, para breve, o lançamento de um programa de mais de 2.300 estágios profissionais. “Ou seja, num conjunto, quase 7 mil jovens poderão ser beneficiados com o nosso sistema de formação profissional, começando ainda este ano”, garantiu.
A nível do empreendedorismo, “já despendemos, no quadro do Banco Jovem e Mulher, cerca de 410 mil contos, no sistema da Pró-Capital, para credibilizar as empresas, junto da banca, mais de 191 mil contos, e no sistema de prestação de garantias, também para facilitar o crédito, cerca de 6 milhões e 600 mil contos”, afirmou o Ministro, para quem estamos perante um sistema que alavanca as empresas e facilita o acesso ao crédito, pensado para ter mais investimento, mais rendimento, mais emprego e mais qualidade de vida para as pessoas.
