
No âmbito da Iniciativa Hand-in-Hand, inserida no Fórum Mundial da Alimentação 2025, promovida pela FAO e a decorrer desde terça-feira em Roma, Itália, o Ministro do Mar, Jorge Santos, apresentou, quarta-feira, 15, as principais oportunidades de investimento sustentável e inclusivo na pesca de alto valor no arquipélago.
Jorge Santos destacou, durante a sua intervenção, as vantagens estratégicas do país, nomeadamente a localização geográfica privilegiada, a estabilidade política, e as sinergias com o setor do turismo, tendo reforçado, ainda, que a Economia Azul é uma das prioridades do desenvolvimento nacional, conforme definido no Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS II).
Entre os fatores que diferenciam Cabo Verde no cenário internacional, o Ministro salientou o fato de o país contar com um Ministério do Mar dedicado exclusivamente ao setor e de estar profundamente comprometido com os esforços internacionais de conservação e uso sustentável dos oceanos.
Depois de apresentar o país como um verdadeiro “gateway to West Africa”, o governante evidenciou o posicionamento estratégico de Cabo Verde como ponto de ligação entre África, Europa e as Américas.
incentivos governamentais à disposição dos investidores
O Ministro destacou os principais incentivos governamentais à disposição dos investidores, nomeadamente,
Refira-se que, atualmente, o potencial pesqueiro nacional é estimado em 40.000 toneladas por ano, mas apenas 15.000 toneladas são capturadas, devido à limitação da capacidade de captura e conservação.
Três projetos de investimento prioritários
O Ministro apresentou ainda três propostas prioritárias de investimento, consideradas de capital importância:
Segundo o Ministro, estes projetos alinham-se com a visão Hand-in-Hand da FAO, ao integrar crescimento económico, responsabilidade ambiental e inclusão social.
Ao concluir a sua apresentação, o Ministro reforçou que investir na Economia Azul é investir no futuro de Cabo Verde e do planeta, garantindo que o Governo está empenhado em facilitar parcerias público-privadas e financiamento combinado (blended finance) com instituições como o GEF, Banco Mundial, FAO e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).



