
O Ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial considerou estratégico o papel da Pró-Capital e um instrumento de reforço do ecossistema de financiamento nacional, assegurando que esta instituição pode funcionar como um elemento facilitador no acesso ao crédito, especialmente, num momento em que várias empresas enfrentam os efeitos da tempestade Erin e das chuvas torrenciais que, recentemente, afetaram as ilhas do Norte do país e alguns concelhos do interior de Santiago.
Eurico Monteiro deixou esta garantia aos empresários, esta quinta-feira, 27 de novembro, em São Vicente, durante um encontro promovido pela Pró-Capital, com o objetivo, de juntos, encontrar as melhores alternativas para o setor no pós tempestadade Erin.
Num evento que reuniu empresários de vários segmentos, incluindo a participação da Câmara de Coméricio de Barlavento, enquanto representante do setor empresarial, na região, Eurico Monteiro explicou que o mecanismo, que permite a entrada temporária do Estado no capital social de empresas, até um máximo de 49%, não surge como alternativa isolada, configurando mais uma opção válida no quadro do ecossistema de financiamento, na medida em que reforça a credibilidade das operações e facilita o acesso ao sistema bancário.
“O Empresário ao adotar essa alterantiva, sabe que está a comprar um parceiro interno e a prazo, que desempenha uma função importante de credibilização da empresa e que pode facilitar o acesso à banca e ao acesso ao crédito, de uma forma geral”, indicou o Ministro, realçando que essa participação estatal tem um limite temporário de 12 anos, permitindo que a empresa se fortaleça e, a prazo, retome a totalidade do capital.
“Estamos aqui a criar instrumentos auxiliares que fortalecem o empresário neste caminho de acesso ao crédito, que nem sempre é fácil, mas além da questão do acesso, estamos também a criar instrumentos que mitigam os riscos do crédito e os impactos na vida das empresas”, reforçou.
Entrando propriamente na esfera das respostas aos impactos da tempestada Erin, Eurico Monteiro recordou que o Governo de Cabo Verde montou um conjunto de soluções destinadas a mitigar os prejuízos causados. Desde logo, indicou, as subvenções diretas, para os prejuízos de até 10 mil contos. Além disso, prosseguiu o Ministro, as empresas podem beneficiar de créditos de imposto de até 30 mil contos, um adicional de 20 mil; linhas de crédito com juros bonificados até 2,5%, entre outros instrumentos de apoio financeiro.
Não obstante os vários instrumentos de apoio colocados à disposição, o Ministro reconheceu a necessidade de melhorar a articulação entre os diferentes setores, porquanto, a seu ver, a comunicação com os segmentos afetados tem sido “um pouco dispersa”, pelo que, defendeu, deve ser criada uma linha de comunicação “mais fluida”, capaz de integrar todos os intervenientes do ecossistema e acelerar a resposta institucional.
Por fim, o Ministro reiterou que, para o país se desenvolver, é essencial que as empresas cresçam.
“Não há outro caminho! Empresas fortes, resilientes e competitivas são essenciais para o progresso económico. Aliás, a aposta que o Governo faz no fortalecimento das empresas é a aposta que faz o desenvolvimento do país.”, afirmou, assegurando que o Executivo continuará a melhorar os instrumentos de apoio e a promover iniciativas que reforcem o ambiente de negócios.



