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Cabo Verde assina acordo de empréstimo com o Fundo Kuwait para Desenvolvimento Económico Árabe

O Ministro das Relações Exteriores, Jorge Borges, assinou um acordo de empréstimo com o Fundo Kuwait para Desenvolvimento Económico Árabe, no montante de quatro milhões de Kuwait dinars, equivalente a 12 milhões de dólares americanos e destinado a construção, reabilitação e equipamento de estruturas hospitalares. O Ministro das Relações Exteriores, encontra-se no Kuwait, para participar da III ª Cimeira Afro-Árabe, a decorrer no referido país, no período de 14 a 20 de Novembro.

Esta III ª Cimeira Afro-Árabe no Koweit, reflete uma nova dinâmica que se pretende imprimir nas relações entre a África e os Países Árabes. O lema é “Parceiros em Desenvolvimento e Investimento”.

Refira-se que esta Cimeira retomará a questão da Parceria Estratégica entre a África e o Mundo Árabe, cujos termos de referência foram aprovados na 2ª Cimeira, e fará um balanço da implementação das decisões e do Plano de Acão Conjunto adotados na II Cimeira. Para Cabo Verde é importante aproveitar esta oportunidade e manter um diálogo político mais próximo com os países árabes, detentores de grandes potencialidades económicas e financeiras.

Recorde-se que as relações formais entre a África e o Mundo Árabe foram lançadas em Março de 1977, na Cimeira do Cairo. Durante um longo período, por mais de três décadas, a cooperação económica foi relegada para um segundo plano em detrimento da solidariedade “política”.

Sem por de lado a solidariedade que ainda continua a alimentar, de certa forma, essas relações, a realidade atual e os desafios que África e os países árabes enfrentam interpelam as duas partes a fazerem os devidos “updates” nas suas relações, aproveitando o bom momento do crescimento económico de África e o grande potencial financeiro dos países árabes.

O momento exige dos protagonistas uma parceria mais ousada, capaz de aproveitar as vantagens existentes e transformá-las em benefícios para ambos os lados. Os fatores económicos e políticos, aliados à confiança que se vier a construir, podem ser determinantes na construção e consolidação dessa parceria.

Se se juntar ao mercado árabe repleto de oportunidades, com mais de 400 milhões de habitantes, e detentores de um importante poder aquisitivo, e as imensas oportunidade que o continente africano, em plena transformação, vem oferecendo, conclui-se que existem condições mais do que suficientes para potenciar uma parceria vasta, com amplos benefícios para as duas regiões.