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Cabo Verde deverá liderar seu processo de transição para o Desenvolvimento sustentável – Ulisses Correia e Silva

O desafio maior de Cabo Verde “é alcançar o desenvolvimento sustentável”, disse o Primeiro Ministro, cujo entendimento é que a responsabilidade “primeira e a liderança do processo de transição é do próprio país”. “Enquanto sistema político, o seu governo, as suas instituições, as empresas, as organizações não governamentais, os cidadãos, temos a noção exata de que ninguém fará por nós aquilo que não formos capazes de fazer para provocar as transformações estruturais que o país precisa para se desenvolver”, referiu.

O desafio maior de Cabo Verde “é alcançar o desenvolvimento sustentável”, disse o Primeiro Ministro, cujo entendimento é que a responsabilidade “primeira e a liderança do processo de transição é do próprio país”. “Enquanto sistema político, o seu governo, as suas instituições, as empresas, as organizações não governamentais, os cidadãos, temos a noção exata de que ninguém fará por nós aquilo que não formos capazes de fazer para provocar as transformações estruturais que o país precisa para se desenvolver”, referiu.

Conforme Ulisses Correia e Silva, que falava hoje na abertura da conferência: “Cabo Verde: Desafios do futuro”, é a partir daquilo que os nossos somos, os nossos recursos, a maior parte deles intangíveis, que construirá as soluções do futuro.

A localização, a estabilidade, a segurança, a boa governança, a confiança, a qualidade dos recursos humanos, a abertura ao mundo e uma economia liberal, são os ativos que permitem posicionar Cabo Verde como plataformas em diversas áreas.

Plataforma do turismo, que é uma realidade em crescimento e que está a ser diversificada para tornar cada ilha num destino turístico com ofertas diferenciadas, e aumentar o efeito multiplicador do turismo sobre as economias locais. A Plataforma aérea através do hub aéreo e comercial da ilha do Sal, que está em operação e crescimento e que terá desenvolvimento com a concessão da gestão dos aeroportos. A Plataforma marítima com especial enfoque na Zona Especial da Economia Marítima de S. Vicente. A Plataforma digital, a grande aposta para aproveitar as oportunidades da economia 3.0 e transformar Cabo Verde numa “cyber islands”, assim como uma Plataforma financeira, comercial e industrial, posicionando Cabo Verde como um espaço competitivo para a localização de empresas e desenvolvimento de negócios. Por último, a Plataforma da diáspora para atrair capacidades, competências e investimentos.

“É através destas plataformas que a economia ganhará maior diversificação orientada para mercados externos e aumentará o seu potencial de crescimento”, defende Ulisses Correia e Silva.

Tudo isso estribado no seu compromisso “forte” com a estabilidade económica. Cabo Verde tem um regime de peg fixo com o euro desde 1999 e um regime de liberalização cambial. Uma estratégia de redução sustentada da dívida pública está a ser executada com o suporte do FMI e baseada em reformas económicas e na disciplina fiscal previstas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável. Mais, acrescentou o Chefe do Governo, o país é previsível e oferece condições básicas para um bom ambiente de negócios como segurança jurídica, proteção dos investimentos, liberdade económica, baixos riscos reputacionais relacionados com a corrupção, regulação económica, financeira e fiscal credível e condições complementares, como incentivos fiscais e financeiros.

A eliminação de barreiras à livre circulação de pessoas através da iniciativa de isenção de vistos, com reforço da securização das fronteiras são condições aliadas à estabilidade, à segurança e à boa governança, fundamentais para conectar Cabo Verde com o mundo.

“A máxima abertura para atrair investimentos, conhecimentos e tecnologia. É a boa combinação do estrangeiro, da diáspora e dos residentes que faz acelerar o crescimento e o desenvolvimento deste país”, sustentou.

A Conferência “Cabo Verde: Desafios do futuro”, promovida pela Agência de Notícias de Portugal (LUSA) procura colocar em debate o Setor Económico, o Turismo, a Economia do Mar, as Tecnologias, as Energias Renováveis, assim como algumas reformas implementadas pelo Executivo cabo-verdiano. O Vice-Primeiro-ministro, o Ministro da Indústria, Comércio e Energia e ainda o Ministro do Turismo foram alguns membros do governo que participaram da conferência como oradores.