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Cabo Verde prepara-se para a segunda revisão da política comercial na Organização Mundial do Comércio (OMC)

O Ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro presidiu esta manhã, 28 de abril, à primeira reunião do Conselho Consultivo da Comissão Nacional do Comércio (CNC), que teve por objetivos a apresentação dos órgãos de Conselho Consultivo e a preparação para a segunda revisão da política comercial de Cabo Verde na Organização Mundial do Comércio (OMC), a decorrer de 14 a 16 de maio, em Genebra, Suíça.

Segundo o Ministro Alexandre Monteiro, esta é uma oportunidade para   abordar e debater questões pertinentes relacionadas com o sector do comércio, enquadradas nos objetivos definidos pelo governo em matéria comercial, centrados no incremento das exportações de bens e serviços, bem como na criação de condições para reduzir as importações, através do desenvolvimento das indústrias, agricultura, e a transição energética.

“É fundamental a integração de Cabo Verde em contextos e mercados regionais e internacionais. Somos uma pequena economia aberta ao mundo e temos que potenciar essas oportunidades. É nesse quadro que os acordos comercias, quer a nível bilateral, quer a nível multilateral, no âmbito da OMC, são importantes. Não obstante o contexto que conhecemos, e que a nível do conselho consultivo será também objeto de análise, que é um contexto marcado por alguma turbulência no comércio internacional, esta é mais um razão para reforçar aquilo que temos vindo a fazer que é aumentar a nossa resiliência económica, através de reformas económicas e da diversificação da nossa economia”, frisou o Ministro.

Em relação às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos da América, o Ministro Alexandre Monteiro esclareceu que estas não afetam diretamente o comércio externo de forma significativa, mas que, indiretamente, Cabo Verde sofre os impactos inflacionistas à escala global. “O que exportamos representa cerca de 4% do volume total das nossas exportações. Para os EUA, tem sido a volta de 300 mil contos e o que predomina são produtos de conservas, (cerca de 70%), produtos como licores e aguardente (a volta de 20%), e também produtos de panificação. Atualmente, não se observam os impactos na influenciação ou redução daquilo que exportamos, para os Estados Unidos da América.”

Em 2024 o volume de exportação aumentou significativamente em relação ao ano 2023, houve um incremento de 40% a nível das exportações, sendo mais significativo nos mercados europeu e africano.