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É com trinómio Estado – Empresas – Cidadãos que conseguiremos transformar o país – Ulisses Correia e Silva

Ulisses Correia e Silva reconhece nos investidores e nos empresários, atores decisivos em processos de mudanças. Podem e devem provocar mudanças ao nível da atitude, da liderança empresarial, da qualidade de gestão, da inovação, do investimento na qualificação dos seus recursos humanos, na responsabilidade social das empresas e no efeito contágio dos casos de sucesso

O Primeiro Ministro disse hoje que a transformação de Cabo Verde terá de passar necessariamente pelo trinómio Estado-Empresas-Cidadãos. Ulisses Correia e Silva fez essa declaração na abertura do Encontro com Empresários de Santiago e Sotavento, que aconteceu esta tarde, numa unidade hoteleira, na cidade da Praia.

Para o Primeiro Ministro, ainda existe o grande desafio de mudar o paradigma de um país muito centrado no Estado do ponto de vista rentista e reivindicativo. “Queremos para este país um Estado fomentador da atividade económica, líder e promotor de um bom ambiente de negócios; um Estado bom regulador da economia, do sistema financeiro e do mercado; um Estado promotor do desenvolvimento humano, social e territorial”, explicou Ulisses Correia e Silva. Mas ao mesmo tempo, “temos quer ter empresários e investidores líderes, confiantes, proativos, perseverantes, inovadores, transformadores, assim como cidadãos mais cientes das suas responsabilidades individuais, familiares e coletivas e das suas capacidades”, defendeu o Chefe do Executivo cabo-verdiano, para quem, é com o “trinómio Estado – Empresas – Cidadãos que conseguiremos transformar o país”.

É convicção do Primeiro Ministro que isso só é possível “com intencionalidade estratégica de longo prazo e com progressos que induzem e alimentam a confiança”.

“Confiança atrai confiança e produz efeitos em exponencial na capacidade empreendedora dos cidadãos, das organizações e das empresas”, indicou.

Ulisses Correia e Silva reconhece nos investidores e nos empresários, atores decisivos em processos de mudanças. Podem e devem provocar mudanças ao nível da atitude, da liderança empresarial, da qualidade de gestão, da inovação, do investimento na qualificação dos seus recursos humanos, na responsabilidade social das empresas e no efeito contágio dos casos de sucesso. Até porque, admite, o crescimento económico do país está mais robusto e está a acontecer “fruto da capacidade empreendedora do setor privado, das pequenas, médias e grandes empresas”.

“Tem sido muito positivo, o dinamismo que se sente no tecido empresarial com a criação de empresas, expansão de negócios e novos investimentos, a nível das start ups, das médias, pequenas e grandes empresas”, reforçou o Primeiro Ministro.

Por outro lado, acredita que existe potencial para irmos mais além. “Existem oportunidades. A economia precisa crescer mais, de forma continuada e sustentável para aumentar impacto no emprego, no rendimento e na redução da pobreza”, indicou Ulisses Correia e Silva, que espera contar com o setor privado “para um crescimento económico ainda mais acentuado”.

Da parte do governo, reafirmou que a aposta no setor privado e num tecido empresarial nacional forte e dinâmico tem sido consequente, através de um Estado parceiro, Estabilidade macroeconómica, da Reforma do Setor Empresarial do Estado, Ecossistema de financiamento, política fiscal, e a atacar um setor critico do ambiente de negócios: a eficiência e efetividade dos serviços da Administração Publica.

“Alguns investimentos em grandes projetos de empresários nacionais, no turismo e na industria, demonstram que não temos que ficar confinados ao pequeno e médio empreendimento. Esses projetos acontecem porque o Governo tem sido pró-ativo na abertura de portas para o financiamento externo a empresas. As portas se abrem ao setor privado para grandes investimentos porque existe confiança externa na economia do país e porque existem instrumentos que reduzem os riscos dos investidores, como a garantia parcial de crédito e o capital de risco” considerou o Chefe do executivo, que reconhece ainda “constrangimentos importantes” no ambiente e condições em que operam as empresas. “Mas estamos muito melhores e vamos melhorar ainda mais”, finalizou.