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Eliminação do Paludismo até 2020: “Há um compromisso forte do Governo para que a meta traçada seja atingida” – Ministro da Saúde

Na sessão para assinalar o Dia Mundial de Luta contra o Paludismo, este ano sob o lema “Zero Malária começa comigo”, que teve lugar na manhã desta quinta-feira, (25), o Ministro da Saúde e da Segurança, Arlindo do Rosário, que presidiu o ato garantiu que “há um compromisso forte do Governo para que a meta de eliminação do paludismo até 2020 seja atingida”. Acrescentou ainda que este compromisso é traduzido em termos de locação de recursos, no orçamento de 2019, em cerca de 54 mil contos destinados ao programa de luta contra o paludismo.

O governo lembrou que “ações de reforço têm sido realizadas a nível nacional, desde há três anos, nós reforçamos o número de agentes de luta anti vetorial em todos os concelhos, que trabalham permanentemente, e esse trabalho é complementado com campanhas de pulverização”, sublinhou.

Na sua intervenção, Arlindo do Rosário destacou, ainda, outras ações que estão a ser desenvolvidas, nomeadamente, a elaboração do plano estratégico de eliminação do paludismo, bem como uma campanha de pulverização prevista para o próximo mês. Neste sentido, aproveitou a ocasião para apelar a participação e colaboração de toda a população na campanha de pulverização, como foi feito no ano passado, para permitir que os agentes de luta anti vetorial possam fazer esse trabalho fundamental e complementar a ação diária que é feita pelos agentes no terreno”.

No dia em que se assinala o Dia Mundial de Luta contra o Paludismo, Arlindo do Rosário diz que a data “fundamentalmente é para assinalar a grande parceria, o grande engajamento que tem existido, de forma geral, com os vários parceiros neste processo de eliminação do paludismo em Cabo Verde até 2020”. Reforçou que “juntos poderemos ter um mundo livre do Paludismo”, entretanto, acrescenta que o importante neste momento não só mencionar os ganhos, mas também refletir sobre os desafios que ainda persistem neste processo de eliminação do paludismo. “Há uma tendência muitas vezes de baixarmos as guardas quando as coisas estão bem e estáveis, mas estamos a meio caminho daquilo que nós pretendemos”.

Arlindo do Rosário destacou o trabalho de reforço das capacidades e das competências dos serviços de saúde em articulação e com o envolvimento dos vários setores que para contornar este cenários, “nomeadamente, o recrutamento de agentes, o trabalho de articulação, não só entre os vários departamentos do ministério da saúde, mas fundamentalmente também com vários parceiros”, explica o ministro  acrescentando que “este trabalho tem sido feito pela Direção Nacional de Saúde, pelo INSP no mapeamento dos casos, na criação das condições laboratoriais para diagnóstico e a nível das estruturas de saúde”.

Lembrou que há um ano e quatro meses que não se regista nenhum caso de transmissão autóctone e em relação aos casos importados foram poucos. “O mais importante de tudo é que consigamos eliminar a transmissão a nível autóctone, que consigamos estar atentos no despiste de casos importados e no seu rápido tratamento, pois “Cabo Verde está numa rota entre países onde registam epidemias transmitidas por mosquitos e na nossa sub-região vem se sucedendo várias epidemias, daí é normal que possa entrar um ou outro caso de paludismo prevenindo desses países”, diz.

No âmbito da atividade para assinalar o dia foram realizadas ainda de outras atividades para ilustrar o dia, nomeadamente uma feira de saúde com rastreio e Ação de IEC sobre a Prevenção contra o Paludismo e Exposição das Larvas e Mosquitos.

No final do ato, foram entregues certificados de reconhecimento ao Sr. Alberto Brito Soares, colaborador aposentado do Ministério da Saúde às Forças Armadas – III Região Militar pelo excelente desempenho, colaboração e apoio prestado ao MSSS em prol da Luta Anti Vetorial.

E como 25 de abril coincide com a data de luta antifascismo e de luta contra o colonialismo, o ministro aproveitou a oportunidade para destacar no seu discurso este fato dizendo que  “esta data representa um marco importante para Cabo Verde e para todos os países africanos de língua oficial  portuguesa mas também para Portugal, que representa de fato um momento importante também um processo de aceleração para a independência desses países” uma data que para ele deve ser festejado “como referência por todo o caminho que já percorremos com a independência nacional”.