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Governo reafirma compromisso com a luta contra o VIH-SIDA e o combate contra o estigma e a descriminação

Um compromisso assumido hoje, 01 de dezembro, pelo Ministro da Saúde, durante o ato central que marcou o Dia Mundial de Luta Contra VIH-SIDA.

Segundo Jorge Figueiredo, este dia serve para relembrar a memória dos que partiram, reafirmar a dignidade dos que vivem com o VIH e renovar um compromisso político e programático que deve ser claro, firme e determinado.

“É o momento para afirmar, com clareza moral e responsabilidade pública, que cada vida tocada pelo VIH exige ação concreta, respeito e proteção. É também o momento de reconhecer com justiça e gratidão a força inestimável e silenciosa das nossas comunidades que, todos os dias, ano após ano, no meio de adversidades, sustentam esta resposta nos bairros, nas organizações e nos serviços de saúde” reconheceu.

O Ministro sublinhou que o lema deste ano “Eliminar as barreiras, transformar a resposta à SIDA” – impõe-nos uma reflexão séria, abrangente e profunda, sublinhando que apesar de ter havido um retrocesso nesta luta a nível mundial com corte de financiamento internacional que atingem entre 30 e 40% em alguns instrumentos multilaterais, Cabo Verde manteve e reforçou o seu programa de prevenção, diagnóstico e tratamento na resposta nacional ao VIH.

“Cabo Verde se distingue pela sua resiliência. O Relatório de Atividades do CCS-SIDA 2024 mostra-nos um país e um sistema de saúde resilientes e que não desiste perante o flagelo do VIH-SIDA.”

De acordo com o titular da pasta da saúde, a cobertura nacional de tratamento antirretroviral atingiu 82%, o país realizou mais de 40 mil testes de VIH no último ano, alcançou 7.200 pessoas-chave com apoio direto, 3.100 pessoas diagnosticadas estão em tratamento antirretroviral, é garantida 100% de cobertura de Terapia Antirretroviral para grávidas seropositivas, consolidando a interrupção da transmissão mãe-filho, mais de 98% das grávidas têm acesso ao teste duo, para despistagem do VIH e sífilis e faz-se seguimento das crianças seropositivas no serviço de Pediatria até 15 anos.

Indicadores que para o Ministro da Saúde, não são meras estatísticas frias; representam vidas protegidas e uma rede de saúde pública que está a funcionar. Demostra ainda o compromisso de alcançar a certificação de Cabo Verde como um país livre da transmissão vertical do VIH, bem como para a eliminação do SIDA até 2030.

No entanto, Jorge Figueiredo reconheceu que ainda persistem desafios que não podem ser relativizados, nomeadamente apenas 58% das pessoas em tratamento têm carga viral suprimida e cerca de 18% das pessoas vivendo com VIH permanecem fora do radar clínico, o que compromete a continuidade dos cuidados e aumenta o risco de novas infeções.

Neste combate contra o VIH-SIDA, Cabo Verde tem uma epidemia concentrada e de baixa prevalência.