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Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde e Cinemateca – Portugal formalizam protocolo de valorização e preservação do património cinematográfico cabo-verdiano

O Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde (IANCV) e a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema formalizaram um protocolo de cooperação que visa fortalecer a preservação, o conhecimento e a acessibilidade do património cinematográfico produzido e filmado em Cabo Verde.

O ato foi testemunhado pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga e a sua homóloga portuguesa, Margarida Balseiro Lopes.

Tratou-se apenas da formalização de uma relação de cooperação já existente.

O acordo estabelece a disponibilização e o acesso, por parte do IANCV, a todo o acervo cinematográfico cabo-verdiano atualmente salvaguardado pela Cinemateca Portuguesa, garantindo o cumprimento integral da legislação sobre direitos de autor e direitos conexos.

Outro dos pilares do protocolo é a formação técnica e capacitação especializada de colaboradores/profissionais do IANCV nas instalações da Cinemateca, com o objetivo de criar uma equipa apta a instalar, operar e manter um arquivo audiovisual moderno em Cabo Verde.

A parceria prevê ainda a digitalização de obras cinematográficas relevantes e o envio dos respetivos ficheiros digitais ao IANCV, assegurando a preservação e o acesso seguro ao património fílmico nacional.

O documento contempla igualmente a realização de ações conjuntas entre as duas instituições, incluindo exibições, programas culturais e exposições temporárias e itinerantes tanto em Cabo Verde como em Portugal.

A dinamização de sinergias e a partilha contínua de conhecimento, informação e materiais de investigação sobre o património cinematográfico constituem também uma dimensão essencial desta cooperação.

A assinatura foi feita entre o presidente do Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde, José Maria Borges e o Diretor do Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema Rui Machado, na tarde de quarta-feira, 26 de novembro, em Loures, Portugal.

Para o presidente do IANCV, este protocolo vai reforçar competências que Cabo Verde ainda não possui, a nível de digitalização.

Antes da assinatura foi exibido um documentário sobre a erupção do Vulcão do Fogo em 1951, com melhoramento sonoro em 1984 e digitalizada em 2023.