Notícias

Ministro Eurico Monteiro preside abertura de Conferência internacional sobre a História Recente de Cabo Verde, destacando a relevância da iniciativa

 O Ministro da Modernização do Estado e da Administração Pública, Eurico Monteiro, presidiu, esta quarta-feira, 16 de julho, a Conferência internacional sobre a História Recente de Cabo Verde, promovida pelo Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde (IANCV), no quadro das celebrações dos 50 anos da Independência de Cabo Verde, destacando a relevância da iniciativa porque, “por um lado, mostra a importância que as autoridades e a sociedade dão à independência do país, e por outro, lança um olhar sob a nossa história recente desde a independência até esta parte”.

“Conhecer este percurso é, seguramente, a melhor forma que nós temos de avaliar com mais precisão o presente, o que também servirá de âncora e motivação para construirmos o futuro”, afirmou o Ministro, para quem compreender o passado é fundamental para projetar o futuro. “Se nós fomos capazes de chegar até aqui, partindo de quase nada, isto nos dá uma garantia acrescida de que é possível ir mais além”, vincou o governante que, não obstante, reconhecer o mérito da iniciativa, revelou-se preocupado com a fraca cultura de leitura no país, o que limita o acesso ao conhecimento histórico.

“Não vai ser muito fácil levar as pessoas, de uma forma geral, a conhecer a história recente de Cabo Verde, mas a iniciativa é meritória e, portanto, vale a pena esse esforço”, afirmou Eurico Monteiro, reiterando que “não há outro caminho que não seja incentivar a leitura.

Ainda durante o seu discurso, Eurico Monteiro lembrou a dureza da realidade vivida antes da independência, na década de 1920, ou referindo-se às grandes fomes da década de 1940, à miséria extrema, à elevada mortalidade e à emigração forçada, nomeadamente para São Tomé e Príncipe. Por outro lado, celebrou os avanços alcançados nas últimas cinco décadas, como o aumento da esperança média de vida, e o crescimento económico, com o Produto Interno Bruto (PIB) multiplicado por 22 e o rendimento per capita por 13.

“Hoje, apesar de todos os constrangimentos ainda existentes, podemos dizer seguramente, que conhecemos o que vivemos, conhecemos por ter vivido o passado e o ano da independência, e tudo aquilo que foi realizado nestes anos por homens e mulheres de coragem oriundos de Cabo-Verde”, sublinhou.

Para o Ministro, para quem iniciativas como está são fundamentais para consolidar o conhecimento coletivo e valorizar o percurso de Cabo Verde enquanto nação soberana, os historiadores são aqui chamados para desempenhar cabalmente o seu papel, com um olhar “mais sereno, mais objetivo, mais cru e mais real sobre aquilo que foi Cabo-Verde” porque, “se pouco conhecemos ainda da história geral de Cabo-Verde, talvez da história recente até conheçamos menos”.