O Ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial e Ministro da Modernização do Estado e da Administração Pública, Eurico Monteiro, presidiu, nesta terça-feira, a cerimónia de celebração da Dia da Independência Nacional de Angola, que assinala, a 11 de novembro, os seus 50 anos como país independente, destacando o simbolismo da data neste dia que marca o início do caminho da soberania e da autodeterminação daquele povo irmão.
Na ocasião, na qual expressou saudações ao Povo e ao Governo angolano, em nome do Governo de Cabo Verde, o governante sublinhou que o 11 de novembro representa um marco indelével da autodeterminação do povo angolano, mas, mais que um marco temporal, frisou, é “um dia para relembrar os desafios enfrentados e as conquistas alcançadas”, mormente no que refere à paz e a unidade nacional, elementos fundamentais para o progresso e o desenvolvimento de uma Nação.
“Ao longo destas cinco décadas, o povo angolano enfrentou grandes desafios, mas também soube transformar adversidades em oportunidades e construir um país que hoje se afirma como uma das vozes mais influentes e respeitadas do continente africano”, reconheceu o Ministro, destacando o papel que aquele país vem protagonizando em matéria de paz e segurança, nos seus esforços de pacificação em várias regiões do continente, bem como o papel ativo do Presidente João Lourenço na Presidência “pro tempore” da União Africana.
Eurico Monteiro lembrou que Cabo Verde e Angola partilham um passado comum, que remonta aos tempos coloniais, tendo como elementos de união, não apenas a língua, como também a cultura e a solidariedade e afetividade entre os dois povos.
“Esses sólidos e profundos laços permitiram edificar relações bilaterais ímpares de cooperação e de solidariedade, pelo que hoje nos orgulha também celebrar o caminho que trilhamos ao longo desses 50 anos, em que sempre esteve presente o respeito mútuo e a concertação político-diplomática, quer a nível bilateral, quer a nível multilateral, mormente no quadro da CPLP”, afirmou o Ministro, sublinhando em como o diálogo político vibrante e a troca de visitas oficias têm sido constantes.
A título de exemplo, citou a recente deslocação do Presidente da República e do Ministro dos Negócios Estrangeiros a Luanda, para marcar presença nesta importante efeméride e as visitas oficiais a Cabo Verde de membros do Governo e da Presidente da Assembleia Nacional de Angola, por ocasião dos 50 anos da Independência Nacional.
Eurico Monteiro vê, assim, neste dia de grande significância para aquele país irmão, o momento ideal para “renovar compromissos e projetar o futuro que queremos para a nossa parceria estratégica”, porquanto, entende, uma atenção especial à cooperação económica e empresarial se faz necessária para robustecer as relações entre os dois países, com vista à criação de ambientes de negócios que permitam aos investidores de ambos os países tirar partido das oportunidades existentes em várias áreas, particularmente nos sectores das telecomunicações, combustíveis, financeiro, agrícola, hotelaria e turismo e transportes.
“Para tal, almejamos que as ligações diretas entre os nossos países sejam restabelecidas brevemente e, ainda, pretendemos realizar no próximo ano, em Angola, a IX Comissão Mista Angola-Cabo Verde e o Fórum sobre Investimentos e Turismo em Cabo Verde, além do lançamento da Câmara de Comércio Angola-Cabo Verde, ações que seguramente, projetarão novas formas e meios de alavancar, ainda mais, a cooperação económica e empresarial existente entre os nossos países”, indicou o Ministro, reconhecendo o excelente acolhimento que as autoridades angolanas têm dispensado à nossa diáspora e reiterando a vontade do Executivo em continuar a trabalhar com as autoridades angolanas, com vista à uma maior e melhor integração da diáspora Cabo-verdiana na sociedade angolana.
Por fim, o governante reafirmou o compromisso firme do Governo de Cabo Verde em fortalecer e estreitar, ainda mais, as relações bilaterais, e o desejo “fervoroso” de que as parcerias entre os dois países continuem a florescer e a prosperar nas próximas décadas.
“Cabo Verde vai fazer ainda mais do que tem feito e emprenhar-se ainda mais no estreitamento desta profícua relação para, em conjunto, buscar sinergias e vantagens mútuas”, concluiu o Ministro, augurando sucessos contínuos a Angola e ao seu povo, e fazendo votos que os próximos 50 anos sejam de prosperidade e desenvolvimento, mas, também, de paz e estabilidade.
