O governante reforçou o caráter estratégico do IMar enquanto autoridade nacional em investigação marinha e suporte científico às políticas públicas, lembrando que é deste instituto que emergem as orientações essenciais para a gestão sustentável do mar, desde estudos de biodiversidade, definição de estoques pesqueiros, investigação oceanográfica, até ao acompanhamento das marés e do ambiente marinho.

O Ministro do Mar, Jorge Santos, presidiu esta sexta-feira, 12, à abertura da primeira Jornada Técnico-Científica do Instituto do Mar (IMar), um evento histórico realizado na cidade da Ponta do Sol, na ilha do Santo Antão, reunindo investigadores, académicos, associações de pescadores e pescadores, autoridades locais e juventude universitária.
Na sua intervenção, o Ministro sublinhou a importância simbólica de Ponta do Sol, antiga capital da Comarca de Barlavento e porta de entrada marítima da ilha, destacando o seu farol do Boi, na Pontinha de Janela, um marco que orientou durante décadas os navios que cruzavam o Atlântico Médio.
O governante reforçou o caráter estratégico do IMar enquanto autoridade nacional em investigação marinha e suporte científico às políticas públicas, lembrando que é deste instituto que emergem as orientações essenciais para a gestão sustentável do mar, desde estudos de biodiversidade, definição de estoques pesqueiros, investigação oceanográfica, até ao acompanhamento das marés e do ambiente marinho.
O Ministro enfatizou que “hoje, a pesca é ciência”, defendendo a necessidade de o país seguir rigorosamente a investigação e a tecnologia para garantir rendimento, sustentabilidade e diversificação da atividade pesqueira, e sublinhou ainda o papel crucial do IMar no desenvolvimento da aquacultura em Cabo Verde, um setor em expansão global e central para o equilíbrio entre exploração e conservação dos recursos marinhos.
No seu discurso, o Ministro destacou a forte participação da juventude nas jornadas, realçando que os jovens “já são o presente e serão o futuro”, com um papel determinante na construção de uma Economia Azul robusta. Apontou ainda prioridades como a conservação da biodiversidade, a integração da ciência na formulação de políticas públicas, o reforço da capacitação e a valorização do oceano como ativo estratégico nacional.
O Ministro alertou para um dos grandes desafios do país, que é o desconhecimento do fundo marinho de Cabo Verde, defendendo investimento em tecnologias e integração em redes internacionais de investigação oceanográfica para avançar no mapeamento e no domínio pleno deste património estratégico.
A primeira Jornada Técnico-Científica do IMar, que decorre desde ontem, quinta-feira, , prossegue com debates, apresentações científicas e atividades de campo.
O encontro termina amanhã, sábado, com um passeio técnico-ambiental à emblemática localidade de Fontainhas, encerrando de forma simbólica um evento que reforça a ligação entre ciência, comunidades e mar.



