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“O Governo de Cabo Verde coloca a diáspora no centro das políticas e planeamento estratégico” – Ulisses Correia e Silva

O Chefe do Governo fez essas considerações ao presidir o acto de lançamento público do Projecto de Mapeamento da Diáspora Cabo-Verdiana que aconteceu esta quarta-feira, na Praia.  “Além da contribuição económica, a diáspora cabo-verdiana enriquece o capital humano, conhecimento, ciência, tecnologia e inovação em áreas diversas como medicina, cultura e desporto”, afirmou, dando exemplo, neste último caso, do sucesso das selecções de futebol, andebol e basquetebol que contam com vários atletas oriundos dos países onde vivem um número considerável de cabo-verdianos de primeira, segunda e terceiras gerações.

O Primeiro Ministro, Ulisses Correia e Silva, disse ontem que o Executivo cabo-verdiano colocou e coloca a nossa Diáspora no centro das políticas e planeamento estratégico, tendo por isso criado o Ministério das Comunidades para focar nas políticas públicas relacionadas.

O Chefe do Governo fez essas considerações ao presidir o acto de lançamento público do Projecto de Mapeamento da Diáspora Cabo-Verdiana que aconteceu esta quarta-feira, na Praia.  “Além da contribuição económica, a diáspora cabo-verdiana enriquece o capital humano, conhecimento, ciência, tecnologia e inovação em áreas diversas como medicina, cultura e desporto”, afirmou, dando exemplo, neste último caso, do sucesso das selecções de futebol, andebol e basquetebol que contam com vários atletas oriundos dos países onde vivem um número considerável de cabo-verdianos de primeira, segunda e terceiras gerações.

Daí considerar igualmente que “a nossa diáspora tem sido um fator de equilíbrio e influência positiva para a democracia cabo-verdiana, exigindo padrões mais elevados e contribuindo para a governança do país”.

Para Ulisses Correia e Silva, “Cabo Verde, apesar de ser um arquipélago pequeno, tem uma visão ampla do mundo, ampliada pela nossa diáspora” e a “presença global dos cabo-verdianos enriquece a nossa percepção e conexões internacionais, refletindo-se numa abertura ao mundo que fortalece relações, atividades e conexões”, disse, sublinhando que “este fator tem um papel importante no desenvolvimento interno do país, sendo impossível compreender Cabo Verde sem considerar sua dimensão diaspórica.

“A diáspora não só amplifica o mercado nacional e a demografia, mas também contribui significativamente para a economia, através de remessas, investimentos e transferências familiares”, declarou.

Ainda segundo o Primeiro Ministro, este projeto de mapeamento é importante para obter um entendimento mais preciso da diáspora, apoiando decisões políticas e económicas fundamentadas. “E para sairmos do empírico, das opiniões, para termos uma avaliação segura daquilo que é a presença da nossa diáspora”, frisou, anunciando para breve, a realização de uma conferência internacional sobre diáspora e desenvolvimento, onde será “partilhado experiências e aprendizados sobre o papel relevante da diáspora no desenvolvimento”.

Promovido pela Resolução n.º 44/2023, de 15 de junho, este projecto tem como objetivo principal a recolha de dados para a produção de estatísticas oficiais no âmbito do Sistema Estatístico Nacional (SEN). Pretende-se, assim, gerar conhecimento que contribua para a integração efetiva da Diáspora cabo-verdiana no processo de desenvolvimento sustentável do país.

Esta iniciativa, de grande envergadura, conta com a valiosa colaboração de parceiros internacionais, como o Banco Mundial e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), além de outros parceiros multilaterais e bilaterais, incluindo os países anfitriões da nossa Diáspora.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) estará a cargo do desenvolvimento do projeto, abrangendo cidadãos cabo-verdianos e seus descendentes, da primeira à quarta geração, bem como as novas gerações de emigrantes, residentes em mais de 40 países espalhados pela África, América, Europa e outros continentes

Após a apresentação detalhada do projeto seguiu-se a assinatura de um Protocolo de Execução, envolvendo o Ministério das Comunidades, o INE e a Unidade de Gestão de Projetos Especiais do Banco Mundial.