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PM elogia “postura construtiva dos parceiros sociais e dos partidos face à crise

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, que encontrou-se ontem, 09 de Novembro de 2011, com as direcções dos três partidos com assento parlamentar. José Maria Neves mostrou-se confiante após essas reuniões de que tanto os parceiros sociais quanto os partidos políticos denotam uma postura “muito construtiva” no que concerne à busca de soluções para prevenir a agudização dos efeitos da crise internacional em cabo Verde. Apesar do país “não estar em crise”, alerta, é preciso que Cabo Verde tome as devidas precauções que é o que o Governo está a tentar fazer agora, como vem fazendo desde 2007, conforme apontou o Chefe do Executivo.

Um aspecto importante a salientar destas reuniões com os vários parceiros sociais ao longo destas duas ultimas semanas e e, também, ontem com os representantes do PAICV, MpD e UCID, é que, como apontou, o Primeiro-Ministro, há uma postura “muito construtiva”, no sentido de o país encontrar as melhores soluções para enfrentar com sucesso esses novos desafios. Desafios esses que têm a ver, sobretudo, com o agravar da situação económica da zona Euro onde estão alguns dos nossos principais parceiros e, com a qual o escudo está ligado através da paridade fixa.

José Maria Neves volta a realçar a importância desses encontros para que o Governo possa em consenso com esses parceiros todos e a sociedade, tomar as devidas medidas preventivas para que Cabo Verde consiga mitigar os efeitos da crise e continuar a assegurar um crescimento económico forte.

Apesar de algumas críticas, (ver texto: oposição com reservas em relação ao Orçamento de 2012).odos os partidos com assento parlamentar, através de seus representantes – Armindo Maurício (PAICV), Carlos Veiga (MpD) e António Monteiro (UCID) – que hoje se encontraram com José Maria Neves, manifestaram a sua disponibilidade para discutir com o Governo e contribuir para a melhor tomada de posições mediante essa ameaça da crise internacional. “O momento é de contenção”, afirmam.

Nisso, o Primeiro-Ministro fez questão de frisar a postura firme do Governo que desde 2007, quando começaram a aparecer os primeiros sinais claros dessa crise que afecta o mundo, vem a agir na prevenção com medidas que permitiram ao país aguentar razoavelmente bem os impactos negativos dessa crise. Medidas que permitem afirmar, que o país não está em crise, “mas que é preciso tomar medidas”,conforme apontou o próprio Governador do Banco de Cabo verde, Carlos Burgo,

É o exemplo da redução fiscal, com a diminuição de 25% para 15%, ou a isenção dos impostos nos cereais e que permitiram evitar uma subida maior dos preços, sendo que o aumento aqui foi de apenas um terço do que o verificado no resto do mundo. Na mesma senda, o Governo providenciou o aumento das pensões sociais e procedeu à renegociação das dívidas do sector imobiliário, para além de desenvolver um amplo programa de investimentos públicos para compensar a crise no sector imobiliário e a alguma retracção dos investimentos privados.