A inauguração das obras de operacionalização da Etar e das Redes de saneamento de Santa Maria, no Sal, representam, para o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, o final feliz de uma longa história e de parcerias que dão certo.
“Uma história que começou em 2006, passando por um longo interregno, com algumas deteriorações pelo meio, e agora, concluídas com sucesso. Isso, graças à intervenção persistente do anterior Presidente da Câmara Municipal do Sal, Jorge Figueiredo; graças à confiança e o acreditar no projeto por parte do MCC, cujo projeto agarrou e deu vida. Hoje estamos de fato a inaugurar algo que representa esses elementos que acredito serem importantes, a persistência e a confiança, mostrando que é possível fazer as coisas acontecerem através de boas parcerias”, nota o Primeiro-Ministro, mostrando como exemplo as parcerias entre a Câmara Municipal, o Governo e os Estados Unidos de América, através do segundo compacto disponibilizado através do Millennium Challenge Account.
Segundo o primeiro-ministro, quer o primeiro, quer o segundo compacto do MCA, representam para o país, a consolidação de uma relação muito forte, de séculos, que Cabo Verde mantém com os Estados Unidos.
Por outro lado, Ulisses Correia e Silva elogiou o tipo de parceria que se estabeleceu em relação à Etar, assim como a forma como vai ser gerida. “O MCA aceitou financiar a recuperação da Etar e a extensão da rede de esgotos, com uma solução feliz de gestão, um casamento de boas vontades e da melhor forma de gerir, através de uma parceria público-privada. São parcerias que normalmente o Estado não faz bem, ou seja, gerir negócios que são melhores geridos pelos privados”.
O Chefe do Governo ressaltou ainda os grandes impactos que a operacionalização da Etar vai proporcionar à ilha do Sal.
“SãoImpactos diretos na vida das famílias, na economia da ilha, na qualidade ambiental e de saneamento, na imagem e naquilo que nós queremos projetar enquanto cidade turística para Santa Maria e a ilha do Sal na sua globalidade”, constatou.
Enquanto governo, acrescentou Correia e Silva, o engajamento é no sentido de transformar Santa Maria naquilo que é a aspiração das pessoas do Sal, da autarquia, da população em geral e dos que investem em Cabo Verde, ou seja, num destino turístico de excelência. Um destino que seja ambientalmente sustentável e inclusivo.
Tanto o é que o governo tomou a decisão de afetar uma parte substancial dos recursos do fundo do turismo para investir na requalificação urbana e ambiental, lá onde existe uma dinâmica de turismo.
O que o governo pretende é investir num turismo inclusivo, apostando na requalificação urbana.
“Na inclusão estamos a trabalhar num programa global de requalificação de todas as cidades cabo-verdianas, com particular incidência para aquelas que estão com alguma dinâmica”, assegurou, explicando que só assim se consegue um turismo urbano de qualidade, onde os turistas podem consumir aquilo que a economia local produz, com espaços de referência que permitam interação com a cultura local, deixando o turismo de ser, apenas, fechado em zonas de Resorts.
