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Primeiro Ministro inaugura casas da Operação Esperança

 

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Pelo menos seis famílias receberam a visita do Primeiro Ministro, acompanhado da Presidente da Fundação Cabo-verdiana de Solidariedade (FCS), Nilda Fernandes, que fez questão de andar por todos os bairros onde havia alguma intervenção do projecto para confirmar de perto o impacto do mesmo.

A maioria dos contemplados morava em barracas ou habitações velhas e sem as mínimas condições de habitabilidade. Graças a esse esforço da FCS em parceria com a associação local "Abraço Amigo" viram melhorar consideravelmente as suas situações.

São mais de 400 casas recuperadas ou construídas de raiz, com um investimento de mais de seis mil contos, segundo Fernandes, que falava, antes da visita às casas, na apresentação do programa que decorreu no hotel Porto Grande.

Neste ano de 2009, entrando na sua quarta fase de execução, a Operação Esperança já garantiu um montante de 88 milhões de escudos para distribuir entre intervenções directas ou indirectas em parceria com associações locais, através de contratos programas.

Desde que iniciou em 2005, ano da sua implementação efectiva, a Operação Esperança tem podido contar com a participação de várias associações de cariz social e entidades públicas e empresariais, numa filosofia de "Djunta Mon", explica a Presidente da FCS, Nilda Fernandes.

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É graças a esse apoio que a Operação tem podido realizar o objectivo, para que foi criada, de promover melhores condições de habitabilidade para as famílias mais necessitadas, principalmente as mais numerosas onde as mulheres são as chefes da casa, para pessoas com deficiência e para os idosos em situação de abandono.

No total foram até agora mais de 3000 intervenções, beneficiando cerca de 15 mil pessoas, de acordo com o Primeiro Ministro. Para José Maria Neves, um outro aspecto da Operação Esperança, é que ela serviu para sensibilizar as pessoas e chamar a atenção das autarquias locais para o problema da habitação, porque "até então a intervenção das autarquias locais era diminuta".

O Programa permitiu, também, construir, em São Tomé, a Casa dos Cabo-verdianos, com recursos da Operação Esperança para apoiar a sua integração. Também em Moçambique, o programa ajudou a construir cerca de 12 habitações na cidade de Maputo para outras tantas famílias de origem cabo-verdiana que se encontravam "praticamente na rua".

São factos que mostram, segundo o Primeiro Ministro, um programa que "estimula a solidariedade, é um programa que quer criar laços de fraternidade, que quer um grande ‘djunta mon' para apoiarmos as pessoas mais pobres, mais carenciadas da sociedade cabo-verdiana, para combatermos a pobreza, as desigualdades sociais…" enfatiza.

 

Casa para todos

Na senda de resolver o grande déficit de habitação no País, o Governo lançou este ano um ambicioso programa designado "Casa para Todos", que pretende erradicar as barracas e provocar a melhoria dos bairros degradados nos principais centros urbanos e também a reabilitação das casas degradadas no meio rural.

Neste momento, no quadro da "Casa Para Todos" está-se a negociar uma linha de crédito com Portugal no valor de 100 milhões de euros para apoiar esse programa.

Todavia, diz Neves, a Operação Esperança vai continuar em parceria com a "Casa Para Todos", já que tem um enfoque muito específico, principalmente nas pessoas mais idosas e que necessitam, mais do que as outras, de uma mão amiga.