
O Vice-Presidente Regional do Grupo Banco Mundial para a África Ocidental e Central reconheceu os significativos avanços de Cabo Verde em áreas como democracia, desenvolvimento humano e boa governança, ressaltando que “este sucesso reflete a forte liderança e visão dos seus sucessivos governos”.
Ousmane Diagana falava aos jornalistas, no dia 4 de julho, durante uma conferência de imprensa conjunta, após manter um encontro com o Vice-Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, que teve o objetivo de analisar o portfólio do Grupo Banco Mundial em Cabo Verde, discutir os progressos alcançados e identificar áreas prioritárias para reforçar a parceria estratégica, promovendo o desenvolvimento sustentável do país.
O Vice-Presidente Regional do Grupo Banco Mundial para a África Ocidental e Central, destacou na sua intervenção a trajetória de desenvolvimento do país, parabenizando-o pelo 50º aniversário de independência.
“Este marco marca um momento histórico e de orgulho para o país e o seu povo”, afirmou, Ousmane Diagana, que visitou o país no âmbito das comemorações dos 50 anos da Independência de Cabo Verde.
A parceria entre o Grupo Banco Mundial e Cabo Verde começou em 1978, com o apoio ao desenvolvimento do Porto da Praia, e hoje conta com uma carteira robusta de US$ 300 milhões. “Essa colaboração está impulsionando o progresso em setores críticos e proporcionando melhorias tangíveis na vida dos cidadãos cabo-verdianos”, destacou.
O Vice-Presidente mencionou importantes iniciativas, como a formação de mais de 30.000 estudantes num novo currículo escolar e o treinamento de 2.100 famílias vulneráveis através de programas de inclusão produtiva. Ele também elogiou os esforços no setor de saúde, que incluem a capacitação de epidemiologistas e a melhoria das condições em centros de saúde.
“Nossos esforços conjuntos para impulsionar o acesso ao Financiamento para Micro, Pequenas e Médias Empresas resultaram em garantias de crédito para mais de 2.000 empresas e liberaram mais de US$ 45 milhões em financiamento. Além disso, a IFC (Corporação Financeira Internacional) também firmou parcerias com bancos locais para fortalecer a educação financeira entre pequenas empresas. Mais de 150 empreendedores receberam treinamento em planeamento empresarial e gestão financeira, construindo um setor de Micro, Pequenas e Médias Empresas mais forte e resiliente”, indicou.
Diagana enfatizou o papel vital do turismo na economia, que representa cerca de 25% do PIB. “Estamos comprometidos em apoiar o crescimento sustentável, inclusivo e diversificado deste setor”, disse, referindo-se ao Projeto de Desenvolvimento do Turismo Resiliente e da Economia Azul.
Por fim, o Vice-Presidente Regional do Grupo Banco Mundial para a África Ocidental e Central celebrou a recente reclassificação de Cabo Verde como um país de rendimento médio-alto, destacando um crescimento económico de 7,3% em 2024.
“Este novo estatuto destaca o extraordinário progresso da nação nos últimos 50 anos, refletindo décadas de dedicação, resiliência e políticas públicas sólidas. Reafirma Cabo Verde como um modelo de boa governação, estabilidade e compromisso com o desenvolvimento sustentável, e consolida a sua reputação como um destino seguro, fiável e cada vez mais atrativo para o investimento internacional”, afirmou Diagana, considerando que a manutenção deste progresso exigirá maiores esforços para promover o crescimento inclusivo, aumentar a competitividade e fortalecer a resiliência contra choques externos.
O Vice-Presidente Regional do Grupo Banco Mundial para a África Ocidental e Central concluiu reafirmando o compromisso inabalável do Grupo Banco Mundial de continuar a apoiar o investimento de Cabo Verde na resiliência económica e na melhoria da qualidade dos serviços públicos essenciais para garantir que os avanços económicos se traduzam em melhorias tangíveis na vida das pessoas.



