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Nova central dessalinizadora do Palmarejo promete resolver problemas de água na ilha de Santiago

DessalinizadorNesta quinta-feira, o Primeiro-Ministro, José Maria Neves, foi a visitar a nova central dessalinizadora do Palmarejo, que até o mês de Dezembro deverá estar a funcionar em pleno, garantindo uma produção de 15 metros cúbicos de água por dia, com capacidade para mais do que suprir as necessidades da ilha de Santiago. Investimentos continuam a ser feitos também em matéria de energia térmica, tanto na produção quanto na distribuição, como prova a Central Única para resolver definitivamente a deficiência energética na ilha.

Ainda hoje, o Primeiro-Ministro foi a visitar a central dessalinizadora e conhecer os novos equipamentos instalados que ajudarão a resolver o problema de água, mantendo inclusive a capacidade para a distribuição de água 24 horas por dia na capital.

Quanto à energia, para além dos investimentos que vão sendo feitos no âmbito das energias renováveis, nomeadamente os parques eólicos em São Vicente, Sal, Boa Vista e Santiago, há também os parques solares no Sal e na Praia, todos eles já em funcionamento e que garantem ao país a capacidade de produção de até 30% da energia que é consumida, a partir dessas duas fontes limpas.

Isso, sem esquecer as centrais únicas que estão a ser implementadas na Praia, em Santo Antão, São Nicolau, Boa Vista e Fogo. “Temos de ter esse período de transição até chegarmos lá (100% energias renováveis), e neste momento estamos a fazer grandes investimentos no sistema de energia térmica e água e até o final de 2013 e início de 2014 estaremos a inaugurar todo esse novo sistema de água”, pelo menos na Praia. Sistema esse que já fizéramos referência e que terá capacidade de produção de até 15 m3 de água por dia para a ilha de Santiago, mais do que os 10m3, que se estima serem, necessários para abastecer toda a ilha.

No caso da ilha de Santiago, com os investimentos que estão ser feitos, “praticamente, vamos resolver definitivamente a questão de energia eléctrica”, acredita Neves que aliás sublinha as melhorias que já se fazem sentir aqui na capital do país nessa matéria.

Todavia, reconhece o Chefe do Governo, há ainda a questão do custo da energia que é muito cara em Cabo Verde e que espera, assim que concluídas todas as melhorias tanto ao nível da eficiência e eficácia na produção como na distribuição, todo esse financiamento comece a se fazer sentir com mais força no preço da electricidade.

Porém Neves apela a um maior entendimento entre a ELECTRA e as Câmaras Municipais para que possam chegar a entendimento quanto à cobrança por parte das edilidades à companhia de energia e água para a utilização do subsolo e do espaço aéreo para as ligações. Isso porque quem perde são os consumidores que acabam por ver esses custos repercutidos nas suas contas de energia e água. Este lembra que, por exemplo, tal taxa não é cobrada à TELECOM e que é possível se chegar a entendimento sobre esta matéria que aguarda uma decisão dos tribunais.

“Vamos ter que trabalhar todos juntos e consensualizar com as câmaras municipais que, neste momento, não é viável estarem a cobrar à Electra pela utilização do subsolo e do espaço aéreo para podermos fazer toda a infra-estruturação” nesta matéria, sublinha.

“Quando tivermos mais energias renováveis, mais eficiência energética, melhor distribuição de energia, menos roubo de energia, mais cidadania energética para utilizar essa expressão, eventualmente teremos energia muito mais barata aqui em Cabo Verde”, acredita o Primeiro-Ministro.