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Relatório sobre corrupção revela: Instituições cabo-verdianas gozam de ampla credibilidade

 

Dados revelados nesse relatório indicam que os serviços de imposto desfrutam de uma boa imagem, pois dois em cada três entrevistados entendem que esta instituição é bastante honesta. A polícia (60%), bem como as câmaras municipais (55%) foram avaliadas positivamente. Ou seja, são considerados pelos entrevistados como instituições honestas.

Segundo o relatório a única instituição onde se regista um decréscimo nas percentagens dos entrevistados é a Alfândega. Aliás, diz o documento, a Alfândega é uma das instituições que goza de menor crédito junto do sector privado, pois 51 por cento classificam-na como sendo pouco desonesta.

Por outro lado, o relatório sublinha que cinco por cento das pessoas entrevistadas afirmam não estarem disponíveis para as denúncias de corrupção o que, segundo o referido relatório, indicia uma forte potencial para a implementação de medidas anti-corrupção.

Aliás, sublinha o relatório, 18,1% das pessoas concordam e 22,2 % não têm certeza de que não se pode chamar de corrupção àquilo que é uma prática generalizada. Ou seja, se toda a gente o faz então não será corrupção.

O relatório explica que menos contundente é o facto de uma proporção superior a 22,8 por cento concordar que, se algo é feito errado, mas imbuído de boas intenções, não pode ser considerado corrupção.

Explica ainda este relatório que a atitude de tolerância em relação à corrupção tem um pouco a ver com o facto de não ser significativa a diferença entre aqueles que concordam (40,7) e aqueles que discordam (7,8%) que uma conduta tem de ser ilegal para ser considerada corrupção.

No que diz respeito às medidas e estratégias que devem ser tomadas com vista a lutar contra as eventuais situações de corrupção, os funcionários públicos colocam as melhorias salariais como a quarta medida. Antes, porém, apontam que o controlo administrativo e financeiro deve ser mais eficaz nas instituições públicas (referido por 66,7%) dos funcionários), leis e sanções mais rigorosas (541%) e educação e consciencialização (52%).

No que se refere à possibilidade de as empresas estrangeiras se envolverem em subornos com os políticos, Administração Pública ou com empresas nacionais quer público ou privado, a maioria dos entrevistados (acima dos 78%) entendem que isso acontece com pouca frequência ou nunca acontece.