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Banco da Cultura promete ajudar a dinamizar economia cultural

O Primeiro-Ministro inaugurou, nesta tarde de segunda-feira, 14 de Outubro, a primeira agência do Banco da Cultura culminando um trabalho de alguns anos a esta parte, do Governo através do Ministério da Cultura, para uma solução concreta para responder à grande necessidade de financiamento por parte dos agentes culturais. Um projecto que, tanto o Primeiro-ministro, José Maria Neves, quanto o Ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa, acreditam que irá ajudar a dinamizar e a promover uma verdadeira economia da cultura, transformando em riqueza económica a nossa grande riqueza cultural.

Visivelmente satisfeito, o Primeiro-Ministro, em entrevista ao PMTV, afirmou a sua convicção de que o o Banco da Cultura (BC) irá ajudar a dar uma resposta concreta e efectiva à grande dificuldade de financiamento dos artistas e seus projectos, sendo, por isso, uma medida clara para a dinamização do sector cultural e a sua transformação para que possa constituir uma verdadeira economia da cultura, ou seja, para que a nossa grande riqueza cultural possa corresponder ao seu potencial enquanto gerador de riquezas e contribuir efectivamente para o crescimento do PIB nacional.

Com critérios rigorosos e transparentes o referido banco irá “criar condições para financiamento dos agentes culturais, mas sobretudo, abrir as possibilidades para que possa haver mais igualdade de oportunidades entre todos”, e com custos mais baixos.

O Ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa, por sua vez, destaca o pioneirismo de Cabo Verde com este projecto, sendo um dos primeiros bancos do tipo no mundo. “Para o país representa a inovação, e a cultura tem esse papel, de ser um dos primeiros países do mundo que tem um banco da cultura…”, inclusive merecendo a atenção de outros países que vêm solicitando a consultoria de Cabo Verde na efectivação de projectos idênticos, nomeadamente Angola e Moçambique.

Sobre a importância do Banco, Sousa afirma que o banco vem precisamente preencher aquela lacuna relativamente ao financiamento da arte, já que os bancos comerciais não costumam apoiar projectos “intangíveis” como é a arte. “Não acreditam no intangível, querem é matéria, não é?! Aquila que chamam garantia real e nós estamos a falar de garantia abstracta, o intangível é um valor e o BC trabalha com esse valor.

Ainda em relação às formas de financiamento dos projectos pelo BC, o Ministro da Cultura explica que há seis sistemas de financiamento, nomeadamente o financiamento a fundo perdido, o financiamento reembolsável, através do Fundo de Garantia ou ainda através da Lei do Mecenato ou ainda através do adiantamento de verbas, ou de aquisição de obras de artes. De acordo Com Sousa, são processos simples e que os interessados poderão aplicar para os referidos financiamentos através de formulários online, com resposta directa através de sms ou e-mails. Fique atento à reportagem do PMTV sobre esta mesma matéria.