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Carlos Santos inicia visita a Santo Antão sob o signo da nova largada do turismo nacional

O POT abrange, especialmente, os projetos de restauro de caminhos vicinais, desenvolvimento de aldeias de valorização turística e ambiental e a governança do destino, passando, sobretudo, pela formação e capacitação dos operadores e todos os profissionais da cadeia de valor do turismo e fazendo de Santo Antão um autêntico laboratório do turismo de natureza, dado ao avanço reconhecido que tem neste segmento do turismo.

Nesta segunda-feira, 30 de maio, o Ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, e comitiva iniciaram o primeiro dos dois dias e meio de visita à ilha de Santo Antão pelo município do Porto Novo sob o signo da nova largada do turismo nacional com foco no turismo da natureza e à luz do Plano Operacional do Turismo 2022-2026 (POT 2022 – 2026), que aloca cerca de um milhão de contos para a Ilha de Santo Antão, para os próximos cinco anos.

O POT abrange, especialmente, os projetos de restauro de caminhos vicinais, desenvolvimento de aldeias de valorização turística e ambiental e a governança do destino, passando, sobretudo, pela formação e capacitação dos operadores e todos os profissionais da cadeia de valor do turismo e fazendo de Santo Antão um autêntico laboratório do turismo de natureza, dado ao avanço reconhecido que tem neste segmento do turismo.

De uma semana marcada pelo turismo da natureza, esta segunda-feira foi um dia cheio que começou bem cedo com o encontro com a Presidente substituta da Câmara Municipal do Porto Novo, Maísa Pinto, e vários vereadores, onde foi realçada e reforçada a excelente cooperação que existe entre aquela autarquia e o Ministério do Turismo e Transportes. No encontro, foi passada em revista os vários projetos que estão e curso e previstos na/para Ilha, com recurso do Fundo do Turismo, entre os quais, destacam-se os projetos de requalificação urbana, valorização de aldeias turísticas e ambientais, troços de estradas e caminhos vicinais.

Na sua intervenção, o Ministro lembrou os cinco pilares do POT, dando ênfase ao pilar da sustentabilidade ambiental, económica e financeira e deixou o repto para uma agenda alargada de turismo cultural e religioso para 2023 a todos os santantonenses da potencialidade latente nas festas juninas de um excelente produto turístico que pode ser uma das marcas da ilha a par do já reconhecido turismo de natureza, nas suas várias modalidades.

Todos foram unânimes do trabalho árduo, atempado e assertivo feito pelo MTT e todos os parceiros, público, privados e internacionais, durante os dois anos mais fortes da pandemia do qual agora se colhe os frutos, com destaque, para além do POT, da formação que já vai em quase 5.000 formados, como operadores, guias turísticos, taxitas, hiacistas e outros profissionais do turismo.

Aliás, durante o dia de ontem, um dos pontos altos foi a entrega de certificados de formação, um programa financiado pelo Banco Mundial, através do projeto de Competitividade do Turismo, a cerca de 180 formandos, o que irá acontecer no dia seguinte, na ilha de S. Vicente, aí perto. Foi notória a alegria e satisfação dos formados que, cada vez mais conscientes e assumidos do seu papel na cadeia de valor do serviço do turismo, reivindicam por mais espaço e mais protagonismo, o que foi prontamente referido pelo Ministro como sendo o caminho traçado no POT –  assunção de todos do seu papel no turismo – que está sendo concretizado através das DMOs (Destiny Management Organizations) cuja concretização já se encontra em curso e que vai ser complementada com a criação dos Gabinetes do Turismo nos municípios, uma das decisões da recente formação dos autarcas realizada pelo MTT.

O dia ainda ficou marcado pelo lançamento da obra de requalificação urbana e ambiental do alto Peixinho, a ser concluído em pouco menos de dois meses, cofinanciado pelo Fundo do Turismo, como um ato de “cuidado com a cidade” e o destino turístico que se quer de eleição.

Das várias visitas a empreendimentos turísticos e projetos em curso, apesar das dificuldades ainda bem vincadas do impacto da Covid-19, notou-se vontade grande dos donos e gerentes das unidades e estabelecimento hoteleiros, alguns oriundos de outras paragens, de construção de um turismo característico da ilha –  a natureza – com mais qualidade e sustentabilidade.

No final do dia, emergiu a feliz conclusão da transformação do município de Porto Novo de um ponto de passagem de turistas a um verdadeiro destino turístico o que vai sendo realidade aos poucos, com ganhos já bem visíveis e que nos próximos anos, vale a pena cuidar e consolidar dentro de um quadro de oferta turística da ilha e tendo metas a nível nacional e internacional.

De notar que nesta visita que terá continuidade, com integração na comitiva do Primeiro-Ministro a partir de 1 de junho, o ministro é acompanhado de uma delegação que inclui o Gestor do Fundo do Turismo, um administrador do Instituto do Turismo e um Assessor Especial.