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COVID19: Governo declara situação de contingência a nível da Proteção Civil

Em consequência, medidas de caráter excecional serão adicionadas de imediato às já tomadas, com vista a reforçar as ações de prevenção em curso no que se refere ao distanciamento social e à intensificação da informação relacionada com a proteção individual. Estas medidas serão especificadas, publicadas e anunciadas amanhã, 18 de março.

Em consequência, medidas de caráter excecional serão adicionadas de imediato às já tomadas, com vista a reforçar as ações de prevenção em curso no que se refere ao distanciamento social e à intensificação da informação relacionada com a proteção individual. Estas medidas serão especificadas, publicadas e anunciadas amanhã, 18 de março.

Ainda, considerando a situação da epidemia em Portugal e em vários outros países da Europa; nos EUA, no Brasil e em determinados países africanos, o Governo decide, com efeitos a partir de amanhã, dia 18 de março, interditar ligações aéreas, com Portugal e todos os países europeus assinalados com a pandemia de COVID-19 e com os EUA, o Brasil, o Senegal e a Nigéria. A interdição é por um período de três semanas, podendo ser antecipado o seu término ou prorrogada a sua vigência conforme a evolução da epidemia nesses países.

As medidas foram anunciadas, esta manhã, 17, pelo Chefe do Governo, Ulisses Correia e Silva, numa altura em que Cabo Verde não regista nenhum caso positivo de COVID-19, mas que, conforme avançou, vem na sequência “do aumento exponencial de casos na Europa, nos EUA, no Brasil e ao surgimento de casos em vários países africanos; assim como face ao perigo iminente de surgimento de casos em Cabo Verde”.

O Primeiro-ministro esclarece, no entanto, que a interdição de voos se “excetuam, os voos cargueiros e os voos de regresso de cidadãos em férias ou em serviço em Cabo Verde aos seus países de origem ou de residência”.

Ainda nas medidas de restrições anunciadas, Ulisses Correia e Silva garante que evacuações médicas urgentes e abastecimentos de medicamentos, materiais e consumíveis hospitalares em regime de urgência serão acautelados e assegurados em regime de voos sanitários.

Mas, proíbe-se a acostagem de navios cruzeiros e navios veleiros e o desembarque de passageiros nos portos de Cabo Verde, assim como proíbe-se o desembarque de tripulação chegados aos portos de Cabo Verde em navios de carga, pesca e similares. O Chefe do Executivo fez saber de igual modo que, embora o foco e a intensidade do foco devem estar na prevenção sanitária e em medidas restritivas de proteção civil a diversos níveis, o Governo não ignorou os impactos económicos.

“São evidentes. Já se fazem sentir e vão aumentar. Esta semana, o Governo vai reunir com as representações das organizações empresariais e sindicais para auscultação. Medidas vão ser tomadas para mitigar os danos”, indicou.

Mais: “Contactos estão a ser realizados com parceiros de desenvolvimento para apoiar o país”, finalizou o Primeiro-ministro, que começou a sua intervenção apelando a união de todos. “O desafio não é apenas para o sistema de saúde. É para todos os cidadãos. O nosso comportamento conta e é determinante. Sem pânico, mas com comprometimento consigo próprio, com a sua família e com a comunidade, o seu bairro, a sua localidade, os seus amigos”.

Ulisses Correia e Silva reiterou que “todos e cada um, conta. Temos que adotar desde já novos comportamentos, novas regras, novos hábitos para precaver contra eventuais contágios. Seguir as instruções das autoridades. Cumprir as instruções. Não provocar o pânico. Agir com responsabilidade”.