Notícias

Economia de Cabo Verde contínua sólida, garante o FMI

A economia de Cabo Verde e o desempenho em termos de políticas económicas e financeiras "continuam sólidas". A garantia é do FMI que ainda perspectiva um investimento favorável, sobretudo no turismo e infra-estruturas que contribuirão para a aceleração do crescimento económico nos próximos anos.

O FMI sublinha ainda que o clima económico positivo de Cabo Verde baseia-se no facto de o Governo ter mostrado um compromisso claro em manter políticas macro-económicas prudentes e ter feito avançar com os objectivos das reformas estruturais.

O Conselho Directivo do FMI, reunido a 31 de Julho, aprovou também um "Instrumento de Apoio à Política Económica e Financeira" ("Policy Support Instrument – PSI") de Cabo Verde por um período de três anos, cujo objectivo é o de suportar os esforços de reforma económica em curso no país.

Segundo uma nota de imprensa do Ministério das Finanças e Administração Pública, no âmbito do PSI para Cabo Verde, é atribuída uma atenção especial ao objectivo de redução dos riscos orçamentais e à criação de um "espaço orçamental", traduzido numa margem de segurança para proteger a economia contra choques exógenos adversos.

A aprovação por unanimidade do PSI de Cabo Verde pelo Conselho Executivo do FMI vem contribuir para a melhoria da credibilidade interna e externa do país, uma vez que ela reflecte o reconhecimento, por parte desta instituição financeira internacional, da qualidade das políticas que integram o programa económico e financeiro do Governo, lê-se na nota do Ministério das Finanças.

O PSI é um instrumento destinado aos países de baixo rendimento com uma situação financeira relativamente controlada que podem não precisar ou querer ajuda financeira do FMI, mas que procuram ainda o conselho, monitorização e apoio do Fundo às suas políticas.

De acordo com nota de imprensa, no caso específico de Cabo Verde, o diálogo entre o Governo e o FMI foi importante, tanto no apoio ao actual processo de fortalecimento do desempenho nas áreas económicas e de políticas, como na sinalização à comunidade internacional do compromisso das autoridades nacionais com a manutenção de políticas macro-económicas sólidas.

As prioridades no programa suportado pelo PSI de três anos visam aumentar a cobertura das reservas cambiais em relação às importações de bens e serviços e criar "espaço orçamental" para prevenir possíveis pressões do lado da despesa pública ou do financiamento.

O programa da nova geração do FMI destaca também a necessidade de melhoria da gestão financeira do sector público e das capacidades dos funcionários públicos o reforço do quadro regulatório do sector energético e a melhoria substancial do seu desempenho, nomeadamente através de uma gestão empresarial competente, da implementação integral dos mecanismos de ajustamento das tarifas de energia e água; e a necessidade de garantir que o desenvolvimento do sector financeiro, sobretudo a rápida expansão do sector financeiro offshore, seja realizado em sintonia com as melhores práticas internacionais.