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Ministério da Saúde reconhece contributo da Sociedade Civil em matéria da saúde sexual e reprodutiva no país

Evandro Monteiro disse que o contributo de instituições da sociedade civil como a Verdefam, através de intervenções descentralizadas e em articulação com o Ministério da Saúde tem aumentado a consciencialização, informação, comunicação e sensibilização da população nesta matéria para uma resposta “cada vez mais abrangente e eficaz”.

O Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Evandro Monteiro, destacou o trabalho da Sociedade Civil em matéria da saúde sexual e reprodutiva, realçando que visa sensibilizar a população para uma resposta mais eficaz nesta matéria em Cabo Verde. Esta consideração foi feita durante a intervenção na abertura da Conferência promovida pela Associação Cabo-verdiana para a Protecção da Família (Verdefam), intitulada, “O papel da sociedade civil na promoção dos direitos sexuais e reprodutivos”, organizada no quadro da visita da Presidente da Federação Internacional do Planeamento Familiar (IPPF), Kate Gilmore, a Cabo Verde.

Evandro Monteiro disse que o contributo de instituições da sociedade civil como a Verdefam, através de intervenções descentralizadas e em articulação com o Ministério da Saúde tem aumentado a consciencialização, informação, comunicação e sensibilização da população nesta matéria para uma resposta “cada vez mais abrangente e eficaz”.

Segundo afirmou, atuam em várias frentes e respondem em proximidade, para que homens, mulheres e jovens possam ter controlo consciente sobre o seu corpo e seus destinos.

Para o Secretário de Estado, esta conferência se enquadra no objetivo da sociedade civil cabo-verdiana sobre a intervenção que é feita no âmbito da saúde sexual e reprodutiva, pelo que considerou que momentos como este permitem ter um espaço, para se olhar para a história, para evidenciar os avanços alcançados até então e reconhecer os desafios persistentes.

Permitem ainda, conforme o mesmo, repensar e adequar as políticas e intervenções por forma a se continuar a prestar os cuidados mais adequados nesta área, afirmando que o Ministério da Saúde, através dos seus vários programas de intervenção, vem criando, em quase todas as estruturas de saúde, espaços e serviços específicos de atendimento aos adolescentes e tem reforçado políticas e ações no âmbito da saúde escolar e das escolas promotoras da saúde, para que, progressivamente, as respostas associadas à cidadania, à promoção da saúde em geral, e em específico à saúde sexual e reprodutiva se adéquem e atinjam os desígnios almejados.

Indicou também que todas as estruturas de saúde no País têm assegurado nos vários centros de saúde reprodutiva respostas ao planeamento familiar, com acessos aos meios anticoncecionais modernos, praticamente gratuito e em liberdade de escolha, apesar de ainda persistirem desafios.

Como desafio, Evandro Monteiro reconheceu que ainda persistem uma taxa de gravidez precoce importante, infeções sexualmente transmissíveis recorrentes e frequentes, ainda o aborto clandestino e alguma resistência cultural a certos métodos e medidas anticoncecionais.

 

A conferência sobre “O papel da sociedade civil na promoção dos direitos sexuais e reprodutivos”, foi organizada no quadro da visita da Presidente da Federação Internacional do Planeamento Familiar (IPPF) a Cabo Verde, que terminou nesta sexta-feira, 27 de maio.