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Programa “Mata Sodadi” é para continuar

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves recebeu, na sexta-feira, 09 de Novembro de 2011, um grupo de idosos da comunidade cabo-verdiana proveniente de São Tomé. No encontro emocionante os idosos que aproveitaram para agradecer ao Primeiro-Ministro, ao Governo e aos cabo-verdianos por lhes proporcionar um reencontro, tantas vezes sonhado, com as suas raízes e a sua terra natal, depois de décadas de ausência, alguns já não vinham a Cabo Verde há mais de 40 anos. O programa e outras acções de apoio às nossas comunidades são para continuar, diz Neves.

Foi um encontro deveras emocionante em que, o grupo especial de idosos não deixou de manifestar a sua “alegria” e a sua “gratidão” por esta oportunidade de verem mais uma vez a sua terra natal e os familiares que ficaram por aqui.

O sentimento, aliás, era um misto de “alegria” por estarem em seu país de origem e de “tristeza” por terem de partir. Cabo Verde, dizem, “sta sabi, sta dizenvolvidu” e, ainda que seja grande a vontade de ficar, explicam que as raízes criadas em São Tomé não lhes permitem. São os companheiros e companheiras, os filhos, os netos e alguns até já têm bisnetos no arquipélago do Equador. Entretanto, asseguram levam as malas carregadas de boas novas daqui da terra mãe para junto dos seus, levando as fotos e lembranças daqui para mostrarem aos familiares.

À comunicação social, o Primeiro-Ministro recordou que o Programa “Mata sodadi” nasceu de uma promessa que fez aos cabo-verdianos em São Tomé, aquando da sua primeira viagem àquele arquipélago em 2004. O programa pretende, de uma forma regular, proporcionar esses reencontros entre os cabo-verdianos das ilhas e da diáspora, com a ajuda de toda a sociedade cabo-verdiana. O objectivo é contemplar o máximo de pessoas e alargar a outras comunidades, nomeadamente da Guiné-Bissau de onde deverá vir um grupo já em 2012.

Entretanto, nota o Primeiro-Ministro, muitas outras acções em prol das comunidades mais necessitadas, nomeadamente em São Tomé, mas também em Moçambique e em Angola têm vindo a beneficiar de algumas acções do Governo. Os idosos ex-contratados das roças tem vindo a receber um complemento de pensão do Executivo de José Maria Neves, cerca de mil beneficiados só em São Tomé e que “vamos melhorando gradualmente”.

Ainda para São Tomé e Príncipe, o Governo enviou professores do ensino secundário e que permitiu reabrir uma escola em Príncipe onde cerca de metade da população é cabo-verdiana e descendente de cabo-verdianos. Hoje, também, fruto dessa acção do Governo existe a Casa dos Cabo-verdianos em São Tomé.

E apesar das dificuldades que existem aqui nas nossas Ilhas, o Executivo vai fazendo um esforço para ajudar as nossas gentes também em Moçambique, onde, entre outras acções, construiu-se 12 casas para cabo-verdianos que antes viviam em condições muito precárias, no âmbito do programa Operação Esperança. O Programa deverá, aliás, ser estendido à Guiné-Bissau muito proximamente.

Ainda no que concerne ao programa “Mata Sodadi” é de se referir que o Governo mantém uma conta solidária no BCA, cujo número é 69538622101, em que, qualquer cidadão pode deixar a sua contribuição para que se possa desenvolver esta e outras acções de solidariedade para com os nossos conterrâneos na diáspora.

Embora este seja o primeiro grupo a ser beneficiado no âmbito do programa, outros já vieram de São Tomé, mas também de Angola e Moçambique por iniciativa do Governo, para revisitarem o seu país natal e estar em contacto com as suas raízes.

“É uma grande felicidade poder contribuir para que essas pessoas venham e consigam, efectivamente, rever o país e as suas famílias e, depois com mais ânimo regressam e continuam a viver com dignidade, sobretudo em São Tomé”, onde as dificuldades da nossa emigração são maiores, frisa José Maria Neves.