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“A CPLP e o espaço lusófono não podem continuar a ser espaços de encontro dos Chefes de Estado” – MCIC, Abraão Vicente

O espaço lusófono ou a lusofonia só faz sentido se houver maior facilitação de circulação dos seus cidadãos, dos artistas e dos criadores. Essa foi uma das mensagens deixadas pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas durante a sua intervenção na conferência “O Papel Cultural da Lusofonia”, que acontecem no Museu Municipal de Penafiel, Portugal, em conjunto com o escritor cabo-verdiano, Prémio Camões e homenageado no Escritaria 2021, Germano Almeida.

O espaço lusófono ou a lusofonia só faz sentido se houver maior facilitação de circulação dos seus cidadãos, dos artistas e dos criadores. Essa foi uma das mensagens deixadas pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas durante a sua intervenção na conferência “O Papel Cultural da Lusofonia”, que acontecem no Museu Municipal de Penafiel, Portugal, em conjunto com o escritor cabo-verdiano, Prémio Camões e homenageado no Escritaria 2021, Germano Almeida.

“A CPLP e o espaço lusófono não podem continuar a ser espaços de encontro dos Chefes de Estado. Os cidadãos têm que ter acesso aos mercados”, disse Abraão Vicente.

Para isso, segundo o governante, é preciso criar-se regras, condições e, sobretudo, financiamento. “Os Estados têm a obrigação de financiar os artistas e a sua internacionalização desde que os mesmos tenham qualidade. Mas é fundamental normalizar a participação dos nossos criativos nesses espaços internacionais. Normalizar, significa que devem estar nesses espaços não só quando tem eventos políticos, mas normalizar no sentido de vermos as obras e as criações da lusofonia e dos nossos criativos como parte do mercado do consumo”.

Enquanto isso não for concretizado, os artistas e criadores continuarão a ter dificuldades no acesso aos mercados, conhecer o que está a ser feito além-fronteiras de Cabo Verde, trocar experiências, estar nos outros países, conhecer, participar em eventos e, claro, vender as suas obras.

“Infelizmente, não nos conhecemos. Isso acontece porque não temos acesso à produção cultural dos demais. Isso reforça a presença do Germano Almeida em Penafiel, porque temos a honra e o prazer de ter alguém que é Prémio Camões, que cria com a qualidade gigantesca e que pode falar de Cabo Verde em outras dimensões”.

Entretanto, diz o governante que a ambição de Cabo Verde é levar para fora as artes plásticas, a dramaturgia, a arte digital para o território da lusofonia. “É tão importante ir para Lisboa como Luanda, Maputo e outros países da lusofonia. É importante pensarmos que enquanto os nossos artistas e criadores não tiverem esta possibilidade, não poderão conquistar novos espaços”.