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A telemedicina em Cabo Verde é uma aposta ganhadora para o Sistema Nacional de Saúde

A governante afirmou que o programa, estabelecido desde 2012 para melhorar o acesso aos cuidados especializados junto da população nas ilhas, está a ser aplicado em todo o arquipélago.

Esta constatação foi feita, nesta segunda-feira, 21 de novembro, na Praia, pela Ministra da Saúde, durante a abertura do encontro regional sobre a telemedicina organizado pela OMS/AFRO.

Segundo Filomena Gonçalves, a telemedicina em Cabo Verde, foi e tem sido uma “aposta ganhadora” que tem trazido grandes ganhos para o Sistema Nacional de Saúde, pois a aplicação da telemedicina em Cabo Verde, permitiu uma melhor interação, na oferta de cuidados, em benefício dos utentes e dos serviços, entre os níveis de cuidados primários, secundários e terciários.

“Cabo Verde, por ser um país arquipelágico, desde muito cedo, se enveredou pelo uso das novas tecnologias de informação e de ferramentas digitais no setor da saúde. Há anos que o país vem investindo em recursos humanos capacitados, programas de formações, ferramentas inovadoras e oportunidades, para reduzir as assimetrias existentes entre as ilhas e perseguir a almejada universalidade deste sector tão importante.”

A governante afirmou que o programa, estabelecido desde 2012 para melhorar o acesso aos cuidados especializados junto da população nas ilhas, está a ser aplicado em todo o arquipélago.

Entretanto, Filomena Gonçalves reconheceu que ainda persistem alguns desafios, nomeadamente o de o país caminhar para a via de implementação dos cuidados universais de saúde, a melhoria do acesso aos cuidados, o reforço da implantação das TIC´s no sistema de saúde, dos cuidados primários e hospitalares e Investimento em recursos humanos e equipamentos.

Garantiu que o Governo tem estado a trabalhar para fazer face a tais desafios na mobilização de mais fundos para melhorar o programa, através da Cooperação Japonesa e do Banco Mundial e outros parceiros de desenvolvimento, cujo o financiamento já está garantido, para além de existir perspetivas para elaboração de um Plano Estratégico Nacional de Saúde Digital, que irá abarcar outras valências além da telemedicina.

Afirmou, ainda, que, durante a pandemia da Covid19, o programa de telemedicina foi utilizado para discussão de casos, formações dos profissionais, partilha e discussão de protocolos clínicos e análise de dados e deixou bem claro haver necessidade de se continuar a investir na saúde digital.

O representante da OMS em Cabo Verde, Daniel Kertesz, reconheceu a importância e a experiência de Cabo Verde nesta matéria, afirmando que uma das razões pelas quais o encontro está sendo realizado nas ilhas, deve-se ao reconhecimento pelo trabalho realizado no sentido de fazer avançar a telemedicina.

Esta importante reunião da OMS/AFRO decore de 21 a 25 de novembro na Cidade da Praia, entre técnicos e diretores dos setores da saúde e das TIC de 15 países, para debaterem temas e promover a partilha de experiências e conhecimentos dos países sobre os sucessos e desafios da implementação da telemedicina na Região Africana da OMS.