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Cabo Verde e Portugal formalizam acordo para candidatura conjunta do Ex-Campo de Concentração do Tarrafal de Santiago a Património da Humanidade

No quadro da cooperação técnica para a candidatura do Ex-Campo de Concentração do Tarrafal a Património Cultural Imaterial da Humanidade, Cabo Verde e Portugal assinam um memorando de entendimento a 01 de maio, em Tarrafal.

No quadro da cooperação técnica para a candidatura do Ex-Campo de Concentração do Tarrafal a Património Cultural Imaterial da Humanidade, Cabo Verde e Portugal assinam um memorando de entendimento a 01 de maio, em Tarrafal.

Uma vontade conjunta que foi expressa após uma reunião de trabalho que o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, manteve com a sua homóloga de Portugal, Graça Fonseca, durante a sua deslocação aquele país lusófono.

“Quisemos formalizar esta cooperação técnica entre os dois países e, ainda, traçar uma data para a entrega da candidatura na UNESCO”, informou o governante.

A data para a assinatura do memorando de entendimento é simbólica, uma vez que a 01 de maio de 1974 foram libertados os últimos presos do Campo de Concentração de Tarrafal. Em maio, também, Portugal marca quase 50 anos sob a Revolução dos Cravos – 25 de abril – com o fim do regime Salazarista.

O Ex-Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago – Museu da Resistência, é um bastião da salvaguarda da memória histórica de um passado do povo cabo-verdiano que ficou marcado nas paredes daquele edifício criado a 23 de abril de 1936.

Passados mais de 80 anos sob a data em que recebeu os primeiros prisioneiros da colónia portuguesa, quem visita agora o Ex-Campo de Concentração pode conhecer as histórias de quem por lá passou, graças aos trabalhos efetuados para a musealização do espaço.

Recorde-se que Cabo Verde também havia assinado um memorando de entendimento com Angola para a elaboração do dossier de candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal de Santiago a Património Mundial da Humanidade.