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Cidade Velha: Igreja Nossa Senhora do Rosário “completamente nova e bem preservada” –  Ulisses Correia e Silva

Segundo Ulisses Correia e Silva, esta igreja construída pouco mais de trinta anos, após a descoberta de Cabo Verde, é uma igreja quinhentista que agora restaurada aumenta o valor do património mundial da humanidade que é a Cidade Velha, berço da cabo-verdianidade.

O Primeiro-ministro entregou no dia 11 de julho, as chaves da Igreja Nossa Senhora do Rosário, na Cidade Velha, tendo afirmado no ato “tratar-se da igreja mais antiga do país, agora “completamente nova e bem preservada, para orgulho não só das pessoas de Ribeira Grande de Santiago, mas de todos os cabo-verdianos no país e na Diáspora, e para referência de todos aqueles que nos visitam e toda a humanidade a que esta obra pertence”.

Segundo Ulisses Correia e Silva, esta igreja construída pouco mais de trinta anos, após a descoberta de Cabo Verde, é uma igreja quinhentista que agora restaurada aumenta o valor do património mundial da humanidade que é a Cidade Velha, berço da cabo-verdianidade.

À semelhança da Igreja Nossa Senhora do Rosário que foi entregue hoje, o primeiro-ministro entregou recentemente duas capelas em São Miguel, e promete fazer o mesmo em outros concelhos do país, num investimento a rondar os 650 mil contos para o período 2017- 2021, na requalificação, na reabilitação e no restauro de patrimónios históricos, religiosos e culturais,

“A excelente parceria com a igreja católica tem permitido concretizar investimentos importantes na valorização da história deste país. É uma opção de medida política consciente e de escolhas certas, porque além do valor económico, tem um valor de identidade muito forte e faz ponte entre as gerações passadas, as atuais, e as futuras. Qualquer nação sem história é uma nação desorientada. Cada vez mais precisamos de reafirmar e assumir os nossos valores na plenitude”, disse, avançando de antemão que o Governo vai também intervir na Sé Catedral. “Vamos realizá-lo porque é parte da nossa história e desta nação com cinco séculos e meio de existência, com identidade própria.

O chefe do Executivo acredita ser importante contar a história da cidade velha para o mundo e tê-la como uma referência da identidade cabo-verdiana, “para aqueles que querem e gostam de visitar Cabo Verde, mas também uma referência para a ciência, investigação, arqueologia e historiadores”.  O primeiro-ministro vincou ainda que os cabo-verdianos não andam à procura de identidade, sabem exatamente quais são as suas raízes. “E quando é assim a nação é forte, porque as pessoas ficam em paz com a sua história e valorizam-na.”

Além do ato da entrega das chaves da igreja Nossa Senhora do Rosário, foi descerrada a placa da obra reabilitada da Capela Gótica, uma obra financiada pelo governo português, cujo agradecimento o primeiro-ministro dirigiu ao Embaixador de Portugal em Cabo Verde, António Albuquerque Moniz, presente no ato.

As obras na Igreja Nossa Senhora do Rosário, construída em 1495 e que integra um dos raros exemplos da arquitetura gótica na África Subsariana, custaram cerca de 32 mil contos. A sua arquitetura é quinhentista e revela-se como o mais antigo edifício histórico da Cidade Velha e no seu interior acolhe uma Capela Gótica que também foi restaurada num investimento de 50 mil euros (cerca de cinco mil contos).