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“Estamos determinados e esperançados que levaremos a bom termo o desígnio de um turismo sustentável e inclusivo para Cabo Verde” – Carlos Santos

O Ministro do Turismo e Transportes afirmou, nesta segunda-feira (4), que o Governo está determinado e esperançado que “levaremos a bom termo o desígnio de um turismo sustentável e inclusivo para Cabo Verde”. Isto porque, sublinhou Carlos Santos, “iniciámos com boas perspetivas a retoma do turismo e estamos concluindo os objetivos de vacinação para este ano”.

O Ministro do Turismo e Transportes afirmou, nesta segunda-feira (4), que o Governo está determinado e esperançado que “levaremos a bom termo o desígnio de um turismo sustentável e inclusivo para Cabo Verde”. Isto porque, sublinhou Carlos Santos, “iniciámos com boas perspetivas a retoma do turismo e estamos concluindo os objetivos de vacinação para este ano”.

Carlos Santos fez essas afirmações no ato do encerramento do Projecto “Resposta à crise da Covid-19 e recuperação do sector do Turismo em Cabo Verde”, enquadrado no programa Apoio à competitividade na África Ocidental — Cabo Verde, realizado segunda-feira, na Escola de Hotelaria do Turismo na Praia.

Na sua intervenção, Carlos Santos considerou que a Covid-19 veio revelar-se como uma crise de dimensão planetária com consequências de uma magnitude nunca dantes vista na história contemporânea, com enormes prejuízos e impactos negativos na economia, fazendo recuar muito dos bons indicadores sociais já atingidos em diferentes países, remetendo temporariamente muita gente para o desemprego, impondo uma nova normalidade nos hábitos de muitas populações e permitiu que o planeta pudesse experimentar momento de algum ócio em matéria ambiental.

O Ministro frisou que, pela primeira vez, assistiu-se em crises dessa natureza, uma resposta rápida do corpo científico internacional na apresentação de vacinas em tão pouco tempo, reconhecendo um importante papel da Organização Mundial da Saúde nesse processo de convergência de ações a nível mundial.

“Cabo Verde, enquanto país com alta dependência do Turismo, não foi exceção nessa fase da Pandemia em que muitas empresas foram encerradas por longos meses com consequências no domínio das receitas fiscais, de receitas de divisas estrangeiras, défice público, no endividamento de empresas e famílias, obrigando a intervenção do Estado com medidas emergentes diversificadas para amortecer os efeitos negativos desta crise”.

Dois meses depois do registo do 1.º caso em Cabo Verde, o Ministério do Turismo e Transportes procurou munir-se de um plano que respondesse, no curto prazo, à Covid-19 no setor do Turismo e nos Transportes Aéreos, tendo, para o efeito, aprovado o Plano de Renascimento do Turismo, como medida de carácter emergencial para acorrer os profissionais do turismo duramente afetados pela Covid-19, como prioridade número um, o que se enquadra na visão que o Governo tem para o setor do Turismo de o fazer crescer assente na sustentabilidade económica, social e ambiental mais robusta.

“Concomitantemente, foram adotadas ações também para apoiar no seu reajustamento para se readaptarem ao “novo normal” que se está a instalar e lançamento de novos produtos turísticos já programados e que se enquadravam na linha de diversificação assumida pelo Governo e que possam adequar ao momento em que nós vivemos. E a meio caminho do 2.º Trimestre, de 2020, ainda antes de se vislumbrar uma segunda vaga da pandemia na Europa, o Governo começou a preparar as medidas e projetos para o relançamento do setor do turismo”, sublinha.

Projecto “Resposta à crise da Covid-19 da União Europeia desenvolvido com sucesso”

Seguindo esta linha orientadora e, para fazer face às consequências da Pandemia no País, Carlos Santos mencionou vários projetos que o Governo tem levado a cabo no cotexto da crise pandémica, com destaque para Projeto de Turismo Seguro que visou dotar hotéis, restaurantes, pubs, aeroportos, táxis, transfers de normas e protocolos no domínio da segurança sanitária, permitindo que mais de quatro centenas de estabelecimentos fossem dotados de normas de distanciamento social, sinalética, planos de contingência para receberem os clientes em segurança.

“Foram capacitados mais de 1.300 profissionais desses estabelecimentos e foi, igualmente, criado o selo sanitário BIO&CLEAN, essencial para transmitir confiança aos turistas, aos países emissores. O resultado desse trabalho foi ter permitido que ainda no inverno de 2020 tivéssemos recebido os primeiros turistas na Ilha do Sal”.

Para Carlos Santos, foi desenvolvido, com sucesso, o Projeto Resposta à Crise, orçado em 1 milhão de euros, financiado e enquadrado no Programa de Competitividade da União Europeia para África Ocidental, implementado pelo PNUD e pelo Ministério do Turismo e Transportes, cujo programa capacitou os mais diversos profissionais que lidam direta ou indiretamente com o Turismo e dotá-los de ferramentas para um melhor exercício das suas tarefas no dia a dia e desta forma melhorar a qualidade do Turismo, tendo beneficiado diretamente aproximadamente 2.500 profissionais, entre taxistas, guias de turismo, polícias de fronteira, e outros. Em muitos casos houve um esforço do MTT em complementar essa formação com uma bolsa de formação perante às circunstâncias por que passa o país.

Carlos Santos enumerou ainda outros projetos que o Ministério do Turismo e Transportes está a implementar no contexto da pandemia da Covid-19, nomeadamente Projeto de Remote Working/Nómadas Digitais; Projeto Re-Inventa em parceria com a Secretaria de Estado da Economia Digital; Projeto do Fomento do Turismo Interno; Projeto do Rebrand da Marca Cabo Verde em parceria com a Organização Mundial do Turismo; Projeto de Valorização Turística de Aldeias Rurais, orçado em 8,5 M€, em parceria com o Ministério do Ambiente e Agricultura e o Projeto do Plano de Marketing do Turismo 2021 – 2023.

“Finalmente, e não menos importante, pudemos desenvolver o nosso Programa Operacional de Turismo que vem concretizar todo o processo de planeamento do desenvolvimento turístico iniciado em 2017”, conclui o Ministro.