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Governo analisa quadro de formalização e proteção dos Agentes e Promotores Culturais

Durante o encontro, a classe apresentou ao Executivo o projeto da criação da Associação dos promotores de eventos de Cabo Verde, uma iniciativa a qual Ulisses Correia e Silva parabenizou e identificou “como boa e que marca uma alteração estrutural e estruturante na organização e representação, facilitando o diálogo com o Governo e as instituições, com possibilidade de ter uma visão mais integrada e estruturada da atividade que desempenham”.

O Primeiro-ministro reuniu-se esta terça-feira, 2 de junho, com agentes e promotores culturais, tendo manifestado a intenção de o governo incluir o setor da cultura no pacote de medidas para a formalização de diversos setores de atividade. A ideia é “melhorarmos um quadro de formalização e proteção, à semelhança do Estatuto de Utilidade Turística que define normas e benefícios para facilitar a atividade do setor”.

Ulisses Correia e Silva ouviu mais de uma dezena de produtores e agentes culturais, recebendo “imputes e propostas estruturantes e numa oportunidade de discutir juntos as melhores medidas para a retoma deste setor, tendo em conta que algumas restrições sanitárias irão permanecer, nomeadamente atividades que provoquem ajuntamento, festas, festivais, cujo período de desconfinamento é mais longo”. O Primeiro-ministro disse que o interregno será aproveitado para criar todas as condições para que a atividade que exercem possa ser desenvolvida de uma forma sustentável. Mesmo porque, reconhece o setor dos eventos como um setor de prestação de serviços, que cria emprego, rendimento e promove o país, estando intimamente associado ao turismo.

Durante o encontro, a classe apresentou ao Executivo o projeto da criação da Associação dos promotores de eventos de Cabo Verde, uma iniciativa a qual Ulisses Correia e Silva parabenizou e identificou “como boa e que marca uma alteração estrutural e estruturante na organização e representação, facilitando o diálogo com o Governo e as instituições, com possibilidade de ter uma visão mais integrada e estruturada da atividade que desempenham”.

“É importante termos previsibilidade para a estruturação para os próximos 5 anos, e poder desenhar medidas mais efetivas”, disse, apontando que o mercado desta área está muito ligado ao mercado externo, quer através do turismo, quer através de eventos internacionais que requer deslocação e apresentação de artistas no exterior. Um mercado ainda de incertezas, pelo que há “todo o interesse do governo em estimular, incentivar e beneficiar este setor importantíssimo da vida cultural, económica e social do país, assim como estruturar um programa à medida do que precisa para a retoma do pós-estado de emergência”.

Antes o primeiro-ministro reafirmou que esta crise pandémica está a criar restrições muito fortes na vida social, individual, na atividade da administração, empresas e todas as atividades que tem um pendor de ajuntar pessoas como é o caso do setor de promoção cultural, “extremamente constrangida e com uma restrição muito mais forte que outras atividades”.

De acordo com o Ulisses Correia e Silva, o Governo não podia estar ausente, já que introduziu medidas de emergência e de proteção transversais a diversos setores de atividade económica e social, deve dar uma atenção particular ao setor da cultura e das indústrias criativas.

“Não só porque tem a ver com a cultura em si, como identidade e promoção de valores, mas como uma atividade económica ligada a atividade cultural que começou a ganhar uma certa dinâmica em Cabo Verde, e não podemos de maneira nenhuma deixar perder”, apontou, defendendo que a reativação se faça com maior capacidade de afirmação do setor no país e no exterior.

“Vamos entrar na fase seguinte da gestão da pandemia com procura de soluções inovadoras, que permite criar ofertas culturais e de indústrias criativas para o mundo, de uma forma diferente, que passe confiança às pessoas para estarem juntas, e sejam direcionadas às atividades de massa”, perspetivou o Primeiro-ministro.