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Ministro da Saúde faz balanço positivo da visita que fez hoje ao terreno e deixa alerta: “o teste, não é vacina contra COVID-19”

“O teste não é vacina contra COVID-19. É preciso que as pessoas entendam, fazendo um teste hoje e com resultado negativo, não significa que amanhã não possa ter a doença. Portanto, convém manter todas as medidas que vêm sendo recomendadas”.

“O teste não é vacina contra COVID-19. É preciso que as pessoas entendam, fazendo um teste hoje e com resultado negativo, não significa que amanhã não possa ter a doença. Portanto, convém manter todas as medidas que vêm sendo recomendadas”.

Esta afirmação foi feita pelo Ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, no final da visita de terreno que efetuou, hoje, a alguns bairros da cidade da Praia, para constar in loco o nível de operacionalização das diretivas governamentais para o controlo da pandemia de COVID-19 na capital.

O Ministro da Saúde e da Segurança Social realizou esta visita juntamente com o Representante da Organização Mundial da Saúde em Cabo Verde, Hernando Agudelo, acompanhado da Delegada de Saúde da Praia, Ulardina Furtado e do Presidente da Proteção Civil, Renaldo Rodrigues.

No final da visita às tendas montadas nos bairros de Tira Chapéu e Várzea, onde constatou que as ações de massificação de testes rápidos na população e ações de sensibilização comunitária, Arlindo do Rosário avaliou como bastante positiva aquilo que viu no terreno.

“É grato ver a adesão da população. Neste momento, temos tendas em vários bairros da cidade que irão permitir termos a ideia da circulação do vírus na comunidade. Já passamos da fase de buscar os contactos, mas estamos na comunidade a tentar evidenciar a presença do vírus. Este é o teste que permite evidenciar a possibilidade de termos um caso positivo que deverá ser confirmado pelo teste de laboratório PCR”, esclareceu.

“O distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos são medidas fundamentais a serem mantidas enquanto não houver vacinas. O número de suscetíveis na comunidade é enorme, portanto mantenhamos estas medidas, independentemente, de estarmos ou não em Estado de Emergência (EE)”.

Para o Ministro da Saúde, “o maior desafio está no comportamento de cada um em assumir que o vírus está presente, mas nós podemos controlar isso. Pois, já se conseguiu esse resultado noutras ilhas, designadamente em São Vicente e na Boa Vista. Na Praia, vai se fazer o máximo possível juntamente com o apoio da população,” salientou.

Segundo o Ministro,  o EE e as outras medidas que vêm sendo tomadas pelo Governo tem possibilitado obter bons resultados na luta contra a pandemia de COVID-19 no país.

“Nós estamos com uma epidemia que já dura há mais de 2 meses, num país arquipelágico, temos de ter orgulho daquilo que tem sido feito pelas autoridades e pela população”, disse, e acrescentou: quando venho cá e vejo a aderência da população e todos usando máscaras, vejo aquilo que se chama a transcendência, ou seja, quando a população incorpora que a epidemia existe e toma medidas para vencer”.

Considerou ainda que as pessoas devem se preparar para uma nova normalidade com o vírus continuando com as medidas de prevenção enquanto durar esta pandemia.

Para o Represente da Organização Mundial da Saúde, Hernando Agudelo, tendo em conta que 3 ilhas do país registaram casos positivos e neste momento, apenas uma ilha continua com casos de COVID-19, “é um resultado”. Considerou também que em comparação com os outros países, o esforço das autoridades tem sido “bom” para detetar o mais rapidamente possível as pessoas que estão infetadas e seguir com a pesquisa dos contactos evitando que haja mais infeção.

Hernando Agudelo disse ainda que de acordo com o modelo de cenários apresentado pela OMS, neste momento o país poderia ter muito mais casos e mais vítimas, mas isso não tem acontecido por causa das ações e decisões atempadas que o Governo tomou.

“Eu creio que o trabalho é bastante positivo”, concluiu, o Representante da OMS em Cabo Verde.

De realçar que as atividades de terreno na Praia, tiveram início a 18 de maio, em diferentes bairros, e está a ser coordenada pela Proteção Civil, juntamente com o Instituto Nacional de Saúde Pública, Delegacia de Saúde da Praia, IGAE, Polícia Nacional, Forças Armadas e Cruz Vermelha, através de tendas móveis para aplicação de testes rápidos na comunidade e ações de sensibilização e envolvimento comunitário.