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Ministro das Comunidades intervém na abertura do atelier Técnico sobre o Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana

O Ministro das Comunidades, Jorge Santos, presidiu hoje, 23 de março, na Praia, a abertura do Atelier técnico sobre o Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana, elogiando esta iniciativa que vai permitir o início do processo de apropriação por parte do sistema Nacional de Estatística e pelo INE, enquanto líder do sistema estatístico nacional, de um dos principais produtos do Plano Estratégico das Comunidades.

O Ministro das Comunidades, Jorge Santos, presidiu hoje, 23 de março, na Praia, a abertura do Atelier técnico sobre o Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana, elogiando esta iniciativa que vai permitir o início do processo de apropriação por parte do sistema Nacional de Estatística e pelo INE, enquanto líder do sistema estatístico nacional, de um dos principais produtos do Plano Estratégico das Comunidades.

Este Plano que irá ser materializado na vigência desta Legislatura 2021-2026, responde os desafios do Programa de Governo que propõe dar Centralidade à Diáspora Cabo-verdiana e transformar as Comunidades Cabo-verdianas no exterior e seus descendentes como extensão das nossas Ilhas.

No decorrer da sua intervenção, Jorge Santos explicou, de forma resumida, a nova centralidade que o Governo pretende dar à sua Diáspora.

“Dar centralidade às nossas Comunidades implica assumir que Cabo Verde é um País de emigração e que temos mais gente a viver lá fora do que aqui dentro e reafirmar a vontade politica do Governo na integração da nossa Diáspora no nosso processo de desenvolvimento, o que obriga conhece-la, saber onde ela se encontra , conhecer os seus membros e os respetivos perfis, através de estatísticas fiáveis, e oficiais, por que produzidas pela autoridade estatística nacional e integrada no sistema estatístico nacional.

De acordo com oMinistro, transmitir a importância na produção das estatísticas oficiais da Diáspora Cabo-verdiana é uma das prioridades do Governo: saber quem são, aonde se encontram e como se encontram integrados nos respetivos países de acolhimento, considerando que o país tem uma Diáspora estimada em 1,5 milhões de habitantes residentes em cerca de 40 países, sendo 3 vezes maior que a população residente nas Ilhas.

Estima-se que existem no mundo cerca de 2 milhões de cabo-verdianos, quiçá, um pouco mais, distribuídos pelos territórios nacional, nas regiões de África, Américas, da Europa e Resto do Mundo, e que a população residente, no território nacional, é de, aproximadamente, 500 mil habitantes, 25% da população total.

Que na região da África existem 200 mil Cabo-verdianos ou mais e seus descendentes, representando 10,% da população total e 13, 33% da nossa Diáspora, ou mais, distribuídos por Angola, São Tome e Príncipe, Moçambique, Senegal, Guiné-Bissau, Costa do Marfim etc, e que para a região das Américas existem cerca 850 mil Cabo-verdianos, ou mais, e seus descendentes, cera de 42, 5% da nossa população total, e 56, 65% da nossa Diáspora, com principal destaque para os Estados Unidos, Chile, Argentina e Brasil; e que, por ultimo, na região da Europa e Resto do Mundo vivem cerca de 450 mil Cabo-verdianos ou mais e seus descendentes o que representam cerca de 22,5% da nossa população total e 30, 01% da nossa Diáspora.

Jorge Santos, que tutela a pasta da “Diáspora cabo-verdiana”, aproveitou a oportunidade para reafirmar que o Governo de Cabo Verde destacou, neste ciclo de planeamento e no documento final do PEDSII (Pilar Economia, Pilar Social, Pilar Ambiental e Pilar de Soberania), integrou a visão da Diáspora Cabo-verdiana. Uma Centralidade, com a intenção de alargar e de reforçar o princípio da soberania nacional, aprofundar e valorizar a nossa democracia, fomentar a participação política dos membros da Diáspora.

 Salientou que as estatísticas oficias da nossa Diáspora permitem conhecer melhor e promover políticas que contribuam para o seu engajamento de forma inequívoca no processo de desenvolvimento destas Ilhas.

 

No entender do Ministro, Cabo Verde tem de ser solidário com a sua Diáspora, sobretudo com aqueles que na emigração conheceram infortúnios de vida, mas também quer que aqueles Cabo-verdianos que tiveram sucesso na Diáspora possam investir no país, que possam tornar-se em investidores diretos em setores críticos da vida nacional, tais como em setores como o turismo, a economia azul, a digitalização, energias renováveis e no desenvolvimento de capital humano.