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O Estado da Nação reflete também respostas à pandemia da COVID-19 e o relançamento para a recuperação – Primeiro-Ministro

“Esta é a realidade que se vive atualmente no mundo, marcada pela incerteza quanto ao comportamento da pandemia e ao ritmo da retoma económica e da vida social. Ninguém no uso das suas faculdades, de bom senso, nega esta realidade e os impactos que ela tem sobre um pequeno país como Cabo Verde”, afirmou Ulisses Correia e Silva, para quem os próximos tempos serão difíceis em termos sociais e económicos.

“Esta é a realidade que se vive atualmente no mundo, marcada pela incerteza quanto ao comportamento da pandemia e ao ritmo da retoma económica e da vida social. Ninguém no uso das suas faculdades, de bom senso, nega esta realidade e os impactos que ela tem sobre um pequeno país como Cabo Verde”, afirmou Ulisses Correia e Silva, para quem os próximos tempos serão difíceis em termos sociais e económicos.

Por isso, garante que o Governo está empenhado na gestão da crise, em dar o máximo para responder à situação atual. “Temos uma agenda forte em fase de construção e finalização até Setembro orientada para a aceleração das transformações estruturais e que se devem adaptar ao novo contexto do mundo pós-COVID19”, avançou o Primeiro-ministro, indicando transformações que passam pelo desenvolvimento do capital humano, pela saúde e segurança sanitária, pela transformação digital, pela transição energética e a estratégia da água e pela economia azul para posicionar Cabo Verde como um país com uma economia do conhecimento, um país seguro, com uma economia eficiente, competitiva, resiliente, diversificada e alinhada com as grandes tendências da economia verde, incluindo um turismo seguro e com maior efeito multiplicador sobre as economias das ilhas.

Ulisses Correia e Silva acredita num momento decisivo para a nação cabo-verdiana. “Não é o momento para a cedência a soluções fáceis, ao populismo e ao bloqueio perante os problemas. É o momento para responder com verdade e realismo à difícil situação sanitária, económica e social e atual e lançar a construção de um futuro melhor num contexto mundial difícil e incerto”, disse, prosseguindo ser o momento de Cabo Verde se afirmar como uma nação com história, um povo resiliente, orgulhoso, com uma identidade crioula própria, aberto ao mundo, com uma vasta diáspora; um país jovem, estável, democrático, confiável; um país que pode fazer diferença nas áreas que as grandes tendências mundiais apontam como determinantes: a era digital e da economia verde e circular.

Até porque, o Primeiro-ministro destacou os investimentos na educação que nos últimos 4 anos, atingiram uma média de 5% do PIB. Entre outras medidas, sublinhou que foram beneficiadas através de subsídio, mais de 6.000 crianças oriundas de famílias mais vulneráveis e referiu a gratuitidade no acesso e frequência ao ensino até ao 12º ano de escolaridade. Também falou sobre o sistema de educação inclusivo que conseguiu dar respostas educativas para mais de 1.700 crianças com necessidades educativas especiais em todo o território nacional.

No Ensino Superior, o aumento das oportunidades de acesso teve como resultado uma taxa bruta de escolarização de 23,5%.

Transformação Digital

 Neste setor, Ulisses Correia e Silva afirmou que a orientação na educação, na aprendizagem e a formação são para a aquisição do saber fazer associado à tecnologia. “A base para a transformação digital sustentável do país está nas escolas, do ensino básico ao superior. Por isso, o Ministério da Educação está a investir no alargamento e aprofundamento da utilização das TIC’s tanto ao nível de gestão administrativa, como a nível pedagógico. Assim como foram feitos Investimentos em infraestruturas de telecomunicações e de internet através de cabos de fibra ótica e cabos submarinos, parques tecnológicos e data centers, estão alinhados com a ambição de transformar Cabo Verde numa plataforma digital de serviços em África”.

 Saúde

A saúde mereceu especial atenção no debate sobre o estado da nação, com o Primeiro-ministro a considerar que a aposta na saúde não começou por causa da COVID-19.

“Apostamos no papel central do Serviço Nacional de Saúde, na complementaridade entre o setor público e o setor privado e na valorização dos Profissionais de Saúde. Temos aumentado o orçamento do setor da saúde. Valorizado os profissionais de saúde. Foram aprovados em 2017 e 2018 os quadros privativos das carreiras médica e de enfermagem com melhoria do quadro remuneratório. No período de 2016 a 2020 foram recrutados 558 profissionais da saúde. Fruto dos investimentos feitos, o rácio de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos) por cada 10.000 habitantes evoluiu de 55 em 2016, para 59 em 2019”.

Entre outros investimentos, continuou o chefe do Executivo, um milhão de contos foram para dotar os hospitais centrais e regionais e 30 centros de saúde de meios para a melhoria da capacidade diagnóstico médico, para além de criação de condições para a saúde oral e fisioterapia. Em resposta à COVID-19 foram instalados laboratórios de diagnóstico nas ilhas de Santiago, S. Vicente, Sal e prevê ainda a implementação de um laboratório na ilha do Fogo.

A terminar garantiu que se vai continuar a reforçar o investimento no serviço nacional de saúde; criar oportunidades de investimentos privados nos serviços de saúde; aproveitar a capacidade da nossa diáspora onde pontificam cientistas, investigadores e especialistas nas diversas áreas da saúde; desenvolver a indústria farmacêutica e a sua capacidade exportadora; desenvolver o turismo ligado à saúde; dotar Cabo Verde de um hospital de referência tecnologicamente avançado e de meios de aéreos de emergência médica.