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Os recursos humanos em Saúde cresceram 17% comparativamente com a 2017

“Nós temos vindo a crescer em cerca de 17%, comparativamente a 2017, e já percorremos um grande caminho desde a nossa independência, mas, de todo modo, comparativamente aos rácios para a Cobertura Universal da Saúde e para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ainda há um longo caminho a percorrer.”

Na abertura do Atelier de Elaboração das Contas Nacionais dos Recursos Humanos da Saúde que teve lugar na manhã de ontem, 16, na cidade da Praia, o Ministro Arlindo do Rosário deixou saber que os recursos humanos para o sector da saúde em Cabo Verde cresceram cerca de 17% comparado com o ano de 2017.

“Nós temos vindo a crescer em cerca de 17%, comparativamente a 2017, e já percorremos um grande caminho desde a nossa independência, mas, de todo modo, comparativamente aos rácios para a Cobertura Universal da Saúde e para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ainda há um longo caminho a percorrer.”

Arlindo do Rosário considerou também que este atelier de formação que conta com a expertise da OMS, vem trazer “mais qualidade e melhoria na gestão” de um dos pilares fundamentais do Ministério da Saúde que é o pilar dos recursos humanos. “Permitirá aos formados adquirirem conhecimentos mais aprofundados sobre as ferramentas para um trabalho de maior qualidade em todas as estruturas de saúde do país”, assegurou.

Entretanto, o Ministro da Saúde disse que é “extraordinário os ganhos” já alcançados apesar do país ter ainda um déficit de recursos humanos em saúde. Avançou que os indicadores são de excelência e são considerados de um país avançado, demonstrando assim, capacidade de resiliência importante, com respostas assertivas aos vários desafios com que Cabo Verde tem deparado, nomeadamente com a pandemia da Covid19.

O governante salientou também que Cabo Verde tem sabido tirar proveito da situação da pandemia no que diz respeito aos recursos humanos, transformando os desafios em oportunidades. “A grande oportunidade foi o reforço substancial de recursos humanos, em que mais de 500 profissionais foram recrutados no âmbito da luta contra a covid19.”

Para o Representante da OMS em Cabo Verde, Daniel Kertesz, durante este dias, os formandos irão beneficiar das expertises da OMS que irão permitir uma compressão da metodologia e dos requisitos para implementação das contas nacionais dos recursos humanos em saúde em Cabo Verde, e referiu que ao apoiar este atelier acredita que as capacidades técnicas serão reforçadas e será possível criar no Ministério da Saúde e nos diferentes sectores, uma massa crítica de expertises para facilitar a tomada de decisões baseadas em evidências a favor do desenvolvimento dos recursos humanos em saúde.

“Os recursos humanos em saúde são uma das componentes essências de um sistema de saúde eficiente e resiliente,” pois segundo justificou não pode haver prestação dos serviços de saúde sem recursos humanos em quantidade e qualidade acessíveis às populações.”

Kertesz disse ainda que a implementação das Contas Nacionais dos Recursos Humanos da Saúde vai dar respostas à necessidade de dados fiáveis sobre os recursos humanos em saúde no país, mas também poderá apoiar na monitorização e no desempenho das politicas e dos planos estratégicos dos recursos humanos.

Este atelier que decore na cidade da Praia de 16 a 18 de novembro, reúne os administradores das estruturas de saúde do país e os profissionais da área de recursos humanos. Está enquadrado no âmbito da Estratégia Global de Recursos Humanos em Saúde: Força de Trabalho 2030 (EGRHS 2030), a qual visa garantir uma força de trabalho em saúde adequada para atingir as metas da Cobertura Universal de Saúde (CUS) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, exigindo o reforço dos dados, evidências e conhecimentos da Força de Trabalho em Saúde (FTS) em forma de registo periódico.

O Objetivo é diagnosticar a capacidade e a dinâmica da força de trabalho em saúde, bem como a partilhar dados atualizados e confiáveis, indicadores e contas sobre a força de trabalho em saúde entre os países.

Uma iniciativa do Ministério da Saúde através da Direção Geral do Planeamento, Orçamento e Gestão em parceria com a Organização Mundial.