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Retoma do Turismo: Cabo Verde vai introduzir testes antigénios para mitigar e combater a Covid-19 e facilitar a retoma do turismo

“O Governo já acionou a utilização desses testes (antigénios) para aqueles que desembarcam em Cabo Verde”, disse Carlos Santos no encerramento dos trabalhos do Conselho Nacional do Turismo (CNT 2020), afirmando ainda que o Governo, também, tem feito uma intensa ofensiva diplomática no sentido de acelerar a aceitação por parte dos países emissores para que a autorização de vinda de turistas a Cabo Verde seja uma realidade mais próxima.

“O Governo está a criar todas as condições e preparar medidas legislativas concernentes à introdução dos testes antigénios em Cabo Verde,” informou, esta semana, o Ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, avançando que esses testes estão a ser utilizados, nomeadamente, nas Canárias e Cuba, sendo que a própria Comissão Europeia já recomendou a sua utilização.

“O Governo já acionou a utilização desses testes (antigénios) para aqueles que desembarcam em Cabo Verde”, disse Carlos Santos no encerramento dos trabalhos do Conselho Nacional do Turismo (CNT 2020), afirmando ainda que o Governo, também, tem feito uma intensa ofensiva diplomática no sentido de acelerar a aceitação por parte dos países emissores para que a autorização de vinda de turistas a Cabo Verde seja uma realidade mais próxima.

Obviamente – diz o Ministro, “compreendemos muito daquilo que foram as respostas face às abordagens que fizemos a muitos países (cerca de 27). Eu e o Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros endereçamos cartas a vários países, a demonstrar todo o trabalho que o Governo tem feito e está a fazer em Cabo Verde para mitigar a proliferação da Covid-19 e praticamente podemos dizer que o trabalho de casa já está feito no que diz respeito à criação das condições sanitárias”.

Segundo Carlos Santos, as respostas demonstram claramente a situação por que passam, neste momento, esses países, designadamente a Grã-Bretanha e outros ainda com situações mais difíceis, mas que entendemos.

No entanto, um outro elemento que deixa o Ministro otimista quanto à retoma e o relançamento do turismo em Cabo Verde nos próximos tempos, tem a ver com a redução de números de casos positivos da Covid- 19 no País. É que, informou, a Direção Nacional de Saúde fez uma caracterização da curva epidemiológica, mostrando que as ilhas como Santiago já aparecem com menos de 25 casos por cem mil habitantes neste momento, sendo que apenas as ilhas do Fogo, S. Vicente e S. Antão estarão ainda num processo muito mais elevado, em termos de registos, embora estejam num processo de decréscimo de número de casos positivos. Isso nos dá segurança porque só assim esses países emissores de turistas poderão autorizar os seus cidadãos viajar a Cabo Verde”.

Para Carlos Santos, existe um conjunto de elementos que “nos trazem alguma esperança”. O certo é que, sublinhou, “temos que continuar a fazer a nossa proteção no distanciamento físico e com a preocupação de continuar a manter essas medidas para fazer baixar ainda mais o número de casos da Covid-19 e podermos estar no patamar de países que possam ter a capacidade de receber em segurança os turistas”.

Para o futuro próximo, o Ministro espera a retoma seja feita no curto prazo e, por isso, informou que, “o Governo já elaborou e definiu o Plano de Renascimento do Turismo conjuntamente com alguns projetos, alguns em execução e outros que vão ser lançados, designadamente o Programa de Fomento de Turismo Interno, de Nómadas Digitais e o Fomento Empresarial.”

Referindo-se à própria reunião do Conselho Nacional do Turismo, Carlos Santos diz que “fizemos aqui um exercício muito rico e interessante no que respeita a análise da atual situação do setor e as perspetivas do futuro do turismo, no curto, medio e longo prazo. A intenção é precisamente apresentar as linhas gerais do programa operacional do sector, um documento que engloba tudo o que são os grandes projetos que o Governo pretende lançar no próximo ano.”

“Estamos a falar da aposta no turismo de natureza e rural, na necessidade de informar o que é o produto turístico e criar a nossa oferta. (…) estamos a referir sobre projetos que respeitam o desenvolvimento dos caminhos vicinais, o desenvolvimento e a boa apresentação da nossa cultura e a preparação dos nossos quadros para receber o turismo”, afirmou, sem descurar da questão de segurança sanitária.