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Ulisses Correia e Silva dirige palavras de confiança aos empresários durante a abertura da FIC 2022

Como afirmou no seu discurso, no quadro do Programa da Retoma da economia cabo-verdiana, um conjunto de medidas, políticas e reformas estão dirigidas, em primeiro lugar para o aumento da capacidade de financiamento das empresas; para o fomento do empreendedorismo jovem e para a criação de oportunidades de investimentos.

O Primeiro Ministro, Ulisses Correia e Silva, dirigiu hoje uma palavra de “confiança” aos empresários e ao sector privado, que vivem momentos muito conturbados a nível mundial, depois da pandemia provocada pelo covid-19 e, agora, com a guerra na Ucrânia e que tem resultado em crises graves que impactam o Estado, as empresas e as pessoas. Com a agravante de Cabo Verde ter vivido períodos de secas nos últimos anos.

“O percurso económico e social recente de Cabo Verde tem sido de gestão de crises, superação e resiliência”, disse o Chefe do Governo, concordando que durante este percurso há uma constante que se manteve sempre: a CONFIANÇA. “Confiança garantida pela estabilidade política e boa governança do país; pela credibilidade externa do país; pela capacidade de superação e pela ambição de desenvolvimento”. O Primeiro Ministro fez essas declarações, hoje, em S. Vicente, na abertura da 25.ª edição da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC 2022).

Segundo Ulisses Correia e Silva, 2023 vai continuar a ser um ano desafiante, num contexto difícil e imprevisível marcado pela guerra. “E neste contexto económico mundial é prioridade do Governo a consolidação orçamental gradual, com salvaguarda da proteção e inclusão social, para colocar a dívida pública numa trajetória descendente e manter a sua sustentabilidade. O OE 2023 dá sinais nesse sentido, com a redução do défice orçamental e da dívida pública no PIB”, disse, adiantando que “todos sabem que o bom ambiente macroeconómico e a boa gestão dos riscos são fundamentais para o setor privado”.

Como afirmou no seu discurso, no quadro do Programa da Retoma da economia cabo-verdiana, um conjunto de medidas, políticas e reformas estão dirigidas, em primeiro lugar para o aumento da capacidade de financiamento das empresas; para o fomento do empreendedorismo jovem e para a criação de oportunidades de investimentos.

O Executivo pretende apostar no aumento da capacidade de financiamento das empresas através de Linhas de crédito para o reforço de tesouraria e crédito ao investimento em condições favoráveis; em Linhas de crédito especificas para Start Ups, Agro-.Negócios, Pesca semi-industrial e MicroFinanças; vamos reforçar o capital da ProGarante e da ProCapital para operações de capital de risco e concessão de garantias; e apostar no Fundo de Impacto, no montante de 10 milhões de euros para apoiar a recuperação de PME’s afetadas pela crise da pandemia da COVID 19 , que irá arrancar em Janeiro, e no Fundo Soberano de Garantia do Investimento Privado para facilitar o acesso aos mercados de capitais internacionais, que também estará instalado em no início do próximo ano.

“O Turismo continuará a ser o setor mais dinâmico e forte da economia cabo-verdiana”, avançou, apontando que o Programa Operacional do Turismo vai investir nos próximos 4 anos, 200 milhões de euros para melhorar a qualidade da oferta turística em todas as ilhas e criar oportunidades para micro, pequenos e médios empreendedores. O Projeto Aldeias Turísticas Rurais vai investir 9 milhões de euros orientado para o “turismo amigo da natureza”.

“S. Vicente é, sem dúvida, o próximo destino turístico de Cabo Verde. Os investimentos privados em curso na construção de hotéis vão aumentar a capacidade, a quantidade e a qualidade da oferta de quartos”, frisou, acrescentando que os investimentos públicos e privados na saúde reforçam o posicionamento da ilha, que irá receber eventos internacionais como o Ocean Summit e Ocean Race, em janeiro”, posicionando-a como uma ilha atrativa para desportos náuticos.

O terminal de Cruzeiros está em construção, o desenvolvimento da economia azul cria oportunidades de investimentos em vários sectores. Vamos reforçar a aposta na indústria, a economia digital irá criar oportunidades de desenvolvimento de negócios das empresas de telecomunicações e internet, com a atração de nómadas digitais e exportação de serviços.

Ulisses Correia e Silva reafirmou na sua intervenção o papel central do setor privado na promoção do crescimento económico e do emprego, o papel de um Estado parceiro pro-ativo e o papel da Concertação Social.

E para o fim, o compromisso, sem apontar uma data, de o Governo disponibilizar um terreno na Zona Industrial do Lazareto para construir as instalações da Feira Industrial de Cabo Verde (FIC).

Recorde-se a 25ª edição da FIC conta com a presença de empresas provenientes de países como Portugal, Brasil, EUA, Áustria, Espanha, de países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), para além das empresas cabo-verdianas presentes no certame.