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Workshop sobre a Implementação das Salvaguardas Nucleares de Cabo Verde

Iniciou hoje na cidade da Praia, um workshop de 4 dias (09 a 12 de maio) sobre a Implementação das Salvaguardas Nucleares de Cabo Verde realizado pelo Governo dos Estados Unidos da América, através do Departamento de Energia dos E.U.A. (DOE)/Administração de Segurança Nuclear Nacional (NNSA).

Iniciou hoje na cidade da Praia, um workshop de 4 dias (09 a 12 de maio) sobre a Implementação das Salvaguardas Nucleares de Cabo Verde realizado pelo Governo dos Estados Unidos da América, através do Departamento de Energia dos E.U.A. (DOE)/Administração de Segurança Nuclear Nacional (NNSA).

Este workshop é realizado em seguimento da recente entrada em vigor do Acordo de Salvaguardas Abrangentes de Cabo Verde, Protocolo de Pequenas Quantidades modificado e o Protocolo Adicional com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), com o intuito de formar e compartilhar informações necessárias para apoiar o país no cumprimento das obrigações relativas à submissão de relatórios à AIEA.

Neste workshop reúne-se especialistas cabo-verdianos e os responsáveis pelas salvaguardas e pela obrigação de submeter relatórios em Cabo Verde contando com a participação de representantes de vários setores governamentais, nomeadamente dos ministérios da Defesa, da Saúde, das Finanças, da Agricultura e Ambiente, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, da Justiça, da Indústria, Comércio e Energia e ainda da Entidade Reguladora Independente da Saúde.

No campo da saúde, Hirondina Borges, médica do Hospital Dr. Agostinho Neto e diretora do Serviço de Oncologia, disse que na ciência e na tecnologia a Agência Internacional de Energia Nuclear tem uma ampla aplicabilidade, em especial, na saúde, agricultura, ambiente, recursos hídricos, etc. Reforçou que as salvaguardas aplicadas pela AIEA constitui o fundamento básico do regime internacional de não proliferação nuclear e Cabo Verde um país em desenvolvimento, enfrenta o duplo peso da doença sobretudo as doenças crónicas não transmissíveis e para a luta contra estas doenças, tem um papel fundamental e é neste contexto que o país vem trabalhado para o cumprimento de todas as salvaguardas com AIEA, para que se possa beneficiar da tecnologia nuclear.

É de realçar que mais de 50 anos após o Tratado sobre Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) ter entrado em vigor, o mesmo permanece como o pilar do regime internacional de não proliferação. O acordo sobre as salvaguardas nucleares exigido pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) desempenha um papel indispensável na sua implementação.