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Africare quer continuar a acção do MCA

 

Com o fim do compacto MCA em Outubro passado, discutiu-se a necessidade de dar continuidade ao programa, na vertente "atribuição de valor acrescentado aos produtos agrícolas" bem como na sua colocação no mercado.

A Africare aceitou o desafio que surgiu dentro do programa agrícola do MCA, apostando no projecto "Cantina Escolar", como forma de escoamento dos produtos locais. Essa ONG vai actuar nas três zonas onde o MCA já interviu sendo elas Fogo, São Nicolau e Santo Antão mais, ainda, a zona de Picos e Engenhos, uma localidade que já recebeu grandes investimentos a nível da mobilização de água mas que falta completar a fase da produção.

 

Para a Ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, é uma satisfação enorme saber que há uma preocupação em tentar valorizar a produção agrícola depois do MCA. "O Governo tem neste momento o desafio de fazer com que os produtos agrícolas cheguem ao mercado e, por isso, tem investido fortemente na infra-estruturação do país que é essencial para a circulação dos produtos. A nível do Ministério procura-se fazer o indispensável que é assegurar a qualidade da produção." Segundo Eva Ortet, o projecto é bem-vindo porque vai ajudar o Ministério na nova política agrícola traçada. O Ministério tem já em vista projectos neste sentido mas esse vai ser também uma mais-valia sobretudo para a valorização dos agricultores já seleccionados no âmbito de programa agrícola do MCA pois, vai ajuda-los a aumentar as suas produções e produtividades.

 

A Ministra da Educação, Fernanda Marques, vê uma convergência de objectivos que é a segurança alimentar nas escolas. O projecto "horto escolar" gerido pelo seu Ministério vai ganhar nova dinâmica. "Africare entra como uma ponte de continuidade mas também de sustentabilidade do processo pois vai contribuir para a validação/sustentabilidade do "horto escolar" o que permite a garantia da merenda.

 

A articulação interministerial é fundamental diz a Ministra Fernanda Marques pois, "o objectivo neste caso é incluir no processo de alimentação escolar o aspecto pedagógico que desenvolve também forças técnico-profissional a nível local, ou seja, traz consigo também a vertente social."

 

Amanhã, sexta-feira 24 de Junho, estará em Cabo Verde uma especialista brasileira para fazer a avaliação das quatro zonas a serem beneficiadas e apresentar uma proposta de Projecto-Piloto, que posteriormente vai ser seguida e avaliada por uma equipa nacional a ser criada.

Uma das apostas do projecto é o fornecimento de produtos locais às escolas, mediante concursos de aquisição pública, onde os agricultores terão oportunidade de fazer suas propostas de fornecimento.