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Ciclo de Conferências debate NATO e as Reformas em Curso: Que Perspectivas para Cabo Verde?

Será legítimo questionar-se sobre eventuais oportunidades e potenciais nichos de colaboração entre Cabo-Verde e a NATO, à luz das reformas a que se propõe realizar essa organização do Atlântico Norte, nos próximos tempos? Esta será uma das questões em reflexão nesse encontro.

A partir da década de 90 e com o fim da Guerra Fria, essa organização tem passado por mudanças significativas, na sua composição e agenda; países que pertenciam ao Pacto de Varsóvia passaram a integrar essa organização militar e, no contexto internacional, terão emergido novos desafios que acabariam por influenciar a agenda dessa organização.

Nesse exercício de adaptação aos novos tempos, um documento preparado pelo Grupo liderado por Madeleine Albright, tendo em vista a programada (e já realizada) Reunião de Cúpula em Lisboa, haveria de considerar "desejável o estabelecimento de novas relações de diálogo com outros países e organizações e uma presença diplomática activa que permita tirar proveito de oportunidades de colaboração sempre que essa necessidade surja.

Há que ter igualmente em conta o Exercício da Força de Reacção Rápida da NATO, denominada Steadfast Jaguar 2006, realizado em Cabo-Verde, de 15 -28 de Junho de 2006. Com esse exercício, segundo o comunicado do Ministério da Defesa Nacional «Cabo-Verde procurou contribuir para a preservação e defesa da paz mundial», o que se inscreve «nas grandes linhas da política em matéria de segurança e defesa nacional e está em perfeita sintonia com a estratégia delineada pelo Governo de aproximação de Cabo-Verde a esta e outras organizações internacionais e ou estruturas regionais de defesa colectiva e de preservação da paz, sendo certo que em face às ameaças actuais se torna necessário que os Estados desenvolvam esforços conjuntos de defesa e de segurança»