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Fátima Fialho visita projectos em curso do parque eólico de Santiago

A visita de Fátima Fialho e a sua comitiva teve início na tarde do passado dia 1 de Fevereiro, no Monte de São Filipe, Praia, onde se desenvolve o grande e imponente parque eólico de Santiago, constituído por 11 aero geradores, cuja capacidade total será de 10 MW, orçado em cerca de 15.733.536,50 €, co-financiado pelo Governo de Cabo Verde, Electra, InfraCO, Finnfund, BAD e BEI.

A Ministra constatou os avanços e o bom ritmo das obras que se iniciaram em Novembro de 2010, tendo sido já concluídas várias etapas de desenvolvimento do projecto, tais como os trabalhos de acesso para transporte dos equipamentos, a preparação dos terrenos e as respectivas onze (11) fundações, onde serão baseados os onze (11) aero geradores, ao longo de uma distância de 1 km.

Nesta fase a empresa empreiteira, VESTAS, emprega um total 50 trabalhadores, na Praia e São Vicente, 25 dos quais são cabo-verdianos. A mesma prevê a conclusão de todos os trabalhos de montagem dos aero geradores e os respectivos testes até Junho próximo e espera entregar à CABEÓLICA os parques eólicos de Santiago e São Vicente, prontos a injectarem energia na rede pública, até inícios de Agosto.

Recorde-se que a CABEÓLICA é o produto de uma parceria do Governo de Cabo Verde com o sector privado, constituído pela Electra, InfraCo, AFC-AFRICA FINANCE CORPORATION e FINNFUND, para a construção de parques eólicos nas ilhas de Santiago (10 MW), São Vicente (6 MW), Sal (8 MW) e Boa Vista (4 MW).

Os financiamentos deste projecto, que tem um custo total estimado de 63 milhões de euros, são do Banco Europeu de Investimentos e o Banco Africano de Investimentos. A potência total a ser instalada é de 28 MW, o que vai significar uma taxa de penetração das energias renováveis na rede eléctrica nacional de mais de 25%, o que irá contribuir para a redução da dependência do país relativamente aos produtos petrolíferos.

Fátima Fialho visitou ainda aquele que é considerado actualmente o maior projecto energético do país, projecto esse que consiste no reforço da capacidade de produção, transporte e distribuição de electricidade na ilha de Santiago.

Este projecto, no montante total de 44 milhões de euros, é financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) e Banco de Investimentos e de Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC) e consiste nas seguintes componentes: (i) reforço da capacidade de produção da Central Eléctrica de Palmarejo, que, com a sua extensão, passará a assegurar o fornecimento de energia eléctrica a toda a ilha de Santiago e onde serão instalados mais dois grupos de 10 MW cada; (ii) construção de uma linha de transporte de electricidade em alta tensão, de 60 kV, que se inicia em Palmarejo, na subestação que ali está a ser construída, e se estende ao interior da ilha, até à subestação de Calheta; (iii) construção de duas linhas de transporte em média tensão, ligando Calheta a Tarrafal e Calheta a Assomada; e (iv) reforço e extensão das redes de distribuição das cidades da Praia e de Assomada.

A Ministra pôde constatar que as obras, que arrancaram há escassos meses, depois de ultrapassados alguns constrangimentos processuais, encontram-se já bem avançadas. A construção das subestações do Palmarejo e da Calheta está praticamente concluída, encontrando-se em curso a montagem dos respectivos transformadores. Dos cerca de 109 postes de alta tensão previstos para serem montados, encontram-se já fixados mais de metade.

As outras componentes do projecto serão executadas em simultâneo e concluídas conjuntamente, ainda no decurso do corrente ano, a avaliar pelo bom ritmo de execução dos trabalhos.

Estes projectos contribuem decisivamente para a melhoria da competitividade da economia, através da satisfação das necessidades energéticas e das condições de vida das populações, e contribuirão para uma maior fiabilidade e segurança no abastecimento de energia eléctrica à ilha de Santiago.