De acordo com José Maria Neves, há a disponibilidade do Governo começar a pagar desde logo as empresas cujos processos já conheceram resolução favorável, sendo que está quase concluído este processo.
Esta é uma "solução" que parece fazer sentido para o Primeiro-Ministro que afirma não haver bloqueios por parte do Executivo para tal. "É uma solução que pode ser discutida e operacionalizada rapidamente", ir pagando as empresas com a situação resolvida, enquanto as outras empresas não concluem os seus processos.
Já só faltam cerca de 12 processos por definir, pelo que afirma, "a bola neste momento está do lado dessas empresas, espero que rapidamente apresentem toda a documentação necessária para concluirmos este processo de indemnização", afirma.
E acrescenta que algum atrito que possa ter havido tenha decorrido de "algum ruído de comunicação no diálogo entre as Finanças e essas empresas", acreditando que esta situação esteja por ora ultrapassada, dependendo agora da entrega dos documentos na totalidade, por parte das empresas.
Entretanto, uma questão importante também abordada foi o relacionamento entre o Governo e as empresas, sendo que o Chefe do Executivo admite haver alguns problemas por parte de algumas empresas que ainda esperam os pagamentos de algumas dívidas do Governo para com elas.
Sobre isso, José Maria Neves afirma que é possível melhorar essa relação, sobretudo "na problemática da fiscalidade, ou seja nas questões do pagamento do fisco e as relações entre os serviços fiscais e as empresas. No que concerne às dívidas do Executivo com as empresas, particularmente de São Vicente, ou da transferência de recursos do Governo para essas empresas.
São situações que, admite, "é preciso ver", sobretudo em tempos de crise para que as empresas possam ter melhores condições de funcionamento.
Casa do Cidadão em São Vicente
Com essa necessidade de melhorar as relações ente Governo e empresas, José Maria Neves avança que o Governo terá de fazer investimentos importantes em São Vicente, como a instalação de uma agência da Casa do Cidadão e a modernização dos serviços do Registo e Notariado e outros serviços importantes para apoiar as empresas e os cidadãos e acelerar a dinâmica de desenvolvimento da ilha.
Já no Domingo em Porto Novo, José Maria Neves num dos seus discursos, focalizou sobre a necessidade de empresas, Governo e sociedade civil juntarem forças sob um diálogo intenso como única forma de juntos ultrapassarem as dificuldades impostas pela grave crise internacional financeira.
Com tudo isso, o Chefe do executivo afirma a total disponibilidade do Governo em continuar a dialogar com a classe empresarial, um esforço que pretende intensificar nos próximos tempos, como mostra o seu encontro com empresários de São Vicente no início desta semana.
