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“Mudanças Climáticas e Gestão de Risco” em debate num diálogo estratégico

“Mudanças Climáticas e Gestão de Risco” é o tema de um diálogo estratégico que reuniu nesta terça-feira, 29 de Abril, o Governo, entidades públicas e privadas, académicos da UNICV para, juntos, reflectirem sobre esta problemática e os seus desafios para o desenvolvimento, de modo a recolher as contribuições, propostas, subsídios e questionamentos para o II Fórum Nacional de Transformação – Cabo Verde 2030.

O Director Geral do Ambiente, Moisés Borges, sublinhou a importância deste tema para este encontro, na medida em que as mudanças climáticas é uma ameaça a nível mundial e, sendo Cabo Verde um país extremamente vulnerável a esse aspecto, daí que é preciso que o nosso país tenha condições para se adaptar a cada uma das circunstâncias, nomeadamente o aumento da temperatura da água do mar, que acaba por trazer consequências muito negativas para a própria economia.

Segundo Moisés Borges, em Cabo Verde “devemos ter todos esses aspectos negativos presentes, uma vez que a transformação do país nos próximos tempos deve estribar-se em conhecimentos sólidos sobre as mudanças climáticas, de modo a que todo o processo de desenvolvimento seja apoiado em informações credíveis e que possam não perigar as vidas humanas no nosso país”.

Cabo Verde, acredita Moisés Borges, caminha para progressos consolidados em relação às questões ambientais mas, frisa, o país está numa fase de chamar a todos os cabo-verdianos para a causa ambiental.

“Nós temos recursos extraordinários, nomeadamente do ponto de vista da biodiversidade; temos interesses importantes não só para Cabo Verde mas para o mundo inteiro”, disse o Director Geral do Amibiente, para quem a sociedade civil precisa cada vez mais reforçar os seus conhecimentos de modo a que os cabo-verdianos estejam cada vez mais cientes e possam valorizar o activo ambiental e tirar o melhor proveito também económico dos recursos naturais do país.

Para Cabo Verde, as mudanças climáticas, para além da sua relevância científica, assumem grande acuidade económica e social, pelo que urge reflectir sobre o seu impacto nos sectores chaves de desenvolvimento futuro do pais, com os desafios inerentes e decorrentes da crise económica e financeira internacional e das vulnerabilidades estruturais com que Cabo Verde se confronta em permanência, com o objectivo de se partilhar e alcançar um aprofundado entendimento desta matéria tão relevante.

O Coordenador do Centro de Políticas Estratégicas do Governo, Manuel Pinheiro, defende que Cabo Verde, por ser um país arquipelágico e estando no meio do oceano e atendendo as suas vulnerabilidades económicas e ambientais, a escolha deste tema, a sustentabilidade ambiental e mudanças climáticas, para mais um diálogo estratégico, está relacionado com o processo de desenvolvimento de Cabo Verde, tendo em vista a uma maior integração desta problemática no processo económico do nosso país.

“Pensamos que Cabo Verde, um país saheliano e no meio do oceano e que tem grandes influencias neste processo de mudanças climáticas mundial, terá de ter uma maior preocupação na utilização dos recursos naturais, bem como nas mudanças que podem surgir com todo o processo de desenvolvimento mundial, sublinha Manuel Pinheiro.