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Primeiro-Ministro abre Simpósio Internacional sobre “Tarrafal” com condecorações

O antigo "campo da morte lenta", como ficou conhecido, em Chão Bom, foi o palco desta cerimónia assistida por mais de uma dezena de ex-prisioneiros do campo oriundos de Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau e Portugal, testemunhas vivas desse episodio mais negro da história do Portugal colonial, e claro, de Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau e todas as ex-colónias.

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, antes do seu discurso, condecorou seis cidadãos cabo-verdianos que ajudaram, com a sua solidariedade, aos presos do campo do Tarrafal, nos tempos de seu funcionamento. neves_condecora_simposio_1

 

 

 

 

 

 

São eles: Maria de Livramento Barbosa Fernandes, vulgarmente conhecida por Nha Mementa, Eulália Fernandes Andrade, conhecida por Nha Beba, Josefina Augusta Santos Sapinho Rodrigues, vulgo Dª. Fina, Caetano Hermógenes Rodrigues, enfermeiro aposentado, Manuel Vieira Lopes, conhecido por Nhô Né e Maria Rosa Ramos Sança Fernandes, Lóló.

Os homenageados foram agraciados com a mais alta distinção, menção honrosa de 1° Grau, em reconhecimento da sua solidariedade, mas também de todos aqueles que de uma forma ou de outra foram solidários para com os "Tarrafalistas" nos tempos de funcionamento do "campo da morte lenta". neves_condecora_simposio_3

 

 

 

 

 

 

E se nessa primeira fase foram condecorados apenas esses seis cabo-verdianos, o Governo faz saber que pretende estender essas homenagens a outros merecedores numa próxima oportunidade.

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Manuel Vieira Lopes foi o escolhido para falar em nome dos homenageados e, assaltado pela emoção, as suas palavras foram poucas mas mais do que significativas. "Queremos, em nome dos homenageados, agradecer todos as pessoas nesta sala pela distinção que hoje recebemos" disse Nho Né.